30 de dez. de 2021
6 de jul. de 2020
INFORMAÇÃO QUE LIBERTA
Coletivo Bereia: instrumento jornalístico de combate às fake news
religiosas
Grupo
de jornalistas cria o Bereia, coletivo que checa veracidade de notícias
relacionadas ao universo religioso cristão
É cada vez mais preocupante o sucessivo número de fake news no
Brasil e no mundo. Não menos assustador é a velocidade com que elas se espalham.
Da mesma forma, crescente e preocupante é a quantidade de cristãos
que têm sido bombardeados por notícias falsas relacionadas à religião ou
ligadas a opiniões e decisões políticas e jurídicas que têm a ver diretamente
com essa temática.
Muitos fiéis vêm se tornando, ao mesmo tempo, vítimas e reféns das
fake news de caráter político-religioso e de seus propagadores dentro e fora das
igrejas. Isso não é mera impressão, é fato.
Vítimas porque muitos desses cidadãos ingênuos, devido à baixa
escolaridade — grande parte não sabe ler nem escrever — não têm alternativa a
não ser acreditar em tudo o que lhes dizem como sendo verdade absoluta.
Reféns porque, por receio de se contrapor aos seus superiores
hierárquicos, se veem na obrigação de acreditar neles, como se eles fossem — por
saberem ler e terem formação na área — “especialistas” detentores da verdade incontestável.
Também é fato que alguns líderes religiosos estão dentro das
igrejas fazendo doutrinação política de forma absolutista ao invés de pregarem a Palavra.
Boa Nova
A boa nova é que, no mesmo ritmo em que as notícias falsas se
multiplicam, medidas e iniciativas para evitá-las e combatê-las não param de
brotar. No meio religioso também.
Cristãos brasileiros que valorizam a verdade têm o que comemorar,
pois já existe um grupo de profissionais da comunicação que veio para
esclarecer e não para confundir.
Grupo brasileiro de fact-checking (checagem de fatos), o Coletivo Bereia é único
no mundo nessa categoria.
É composto por jornalistas, pesquisadores, estudantes e
voluntários ligados ao meio cristão.
Comprometidos com a verdade dos fatos, eles checam diariamente a
veracidade das informações divulgadas por personalidades, políticos e
influenciadores religiosos cristãos, em sites de inspiração religiosa e redes
sociais.
Em meio à irresponsabilidade, o desrespeito e ao fortalecimento da
mentira como regra para se chegar e se manter no poder, inclusive se dizendo religioso, o
Coletivo Bereia veio para fazer a diferença e jogar
luz na escuridão das fake news.
“Queremos levantar a reflexão de que o fato de serem religiosos
não os isentam nem da propagação, nem da aceitação de conteúdo enganoso ou
desinformativo”, afirma, em entrevista ao site Ijnet, Magali Cunha, jornalista diretora geral do coletivo.
Magali também
acredita na importância de falar sobre essa questão no universo cristão e criar
uma consciência crítica dentro desse grupo.
Em um cenário em que manipulação e mentira se tornaram valores
universalmente naturais na vida das pessoas, e lugares-comuns entre muitos religiosos,
o Coletivo Bereia é um golpe no fanatismo dos que querem impor, a todo custo,
suas verdades como sendo inquestionáveis.
Verdades essas, na maioria da vezes, distorcidas, descoladas da
realidade e repleta de argumentos que não se sustentam.
O Coletivo Bereia é, portanto, iniciativa jornalística que deve
ser aplaudida, incentivada e divulgada.
Afinal, “para conhecer o mal é preciso saber os meios em que ele
atua” e, assim, possibilitar que se entre em contato com a Verdade e ela vos liberte.
14 de jun. de 2020
BOLSONARO: AMEAÇA PERMANENTE PARA O BRASIL
![]() |
Jair Bolsonaro comete atentados recorrentes à democracia do Brasil
|
Impressionante,
mas não imprevisível, a insistência burra de Jair Bolsonaro em querer afrontar
a democracia do Brasil, ser uma ameaça permanente para o país e um risco
constante para a estabilidade política brasileira.
Espantoso pela obstinada falta de bom senso do
presidente; previsível porque, partindo de quem vem a teimosia, não se
esperaria algo diferente.
Interpretações dúbias, conclusões equivocadas
e distorções da realidade se tornaram lugares-comuns no desgoverno do atual
presidente do Brasil.
Definitivamente: Bolsonaro veio para instaurar a
confusão, induzir os cidadãos ao erro, estabelecer o caos e a desarmonia
democrática.
A bola da vez agora é a tentativa, a todo custo, de
atribuir às Forças Armadas funções que elas não possuem.
As Forças Armadas devem — unicamente — garantir a
segurança dos cidadãos e do país, observando e cumprindo a Constituição.
Qualquer interpretação, além dessa, é golpe.
As Forças Armadas não estão — e dificilmente
estarão — legalmente autorizadas a atuar como um poder moderador.
Ameaças e intimidações
Perigo constante para o Brasil, a afirmação de
Bolsonaro de que as Forças Armadas não cumprem ordens absurdas é ameaça e
intimidação. Um recado claro e direto ao Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro tenta, no mínimo, cooptar o STF da mesma
forma que vem tentando aliciar os militares nas esferas federal e estadual.
O messias brasileiro às avessas tenta
institucionalizar golpes e quer ter como avalistas o STF e a Constituição
brasileira.
Puro engano, seu Jair. Saiba que:
- A Constituição — que Vossa Senhoria jurou
cumprir e respeitar — não é ordem, é Lei;
- Ninguém está acima da Lei;
- A Lei deve ser cumprida por todos.
Cada vez mais certo de que em algum momento vai ser
pego na mentira e com temor do resultado que a CPI das Fakes News pode exercer
sob seu desgoverno — inclusive com a cassação de seu mandato — Bolsonaro está
entrando em desespero.
Para tentar ter um mínimo de representatividade no
Congresso Nacional, Jair Bolsonaro também decidiu contradizer a si mesmo.
Correu para o Centrão e agora anda de braços dados
com deputados investigados em processos.
Leia também:
O fato é que Bolsonaro está em rota de colisão
consigo mesmo e, no caso de quaisquer resultados que lhe desfavoreça, quer ter
como opção a intervenção militar.
Bolsonaro quer dar um novo golpe militar no Brasil, porém, dessa
Bolsonaro quer dar um novo golpe militar no Brasil, porém, dessa
vez, usando como escudos a Constituição e a
legalidade.
Nada mais ilegal.
O idealismo boçal e golpista de Jair Bolsonaro está
em descompasso com a realidade do país que desgoverna e do mundo onde vivemos.
Ao presidente só resta descer do cavalo, deixar de
ser um risco permanente para o Brasil e fazer o que não fez até agora: governar
o país.
Caso contrário é renúncia ou impeachment.
Caso contrário é renúncia ou impeachment.
Simples assim.
2 de jun. de 2020
GATO POR LEBRE
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Flexibilizar a quarentena agora é comprar
gato por lebre
Foto: Reprodução (www.fotocomedia.com) |
Cuidado,
senhores!
Podem
estar caindo em arapuca de pegar rato, nadando em rio de piranhas, assinando
declaração de burrice, antecipando seus atestados de óbito e nos levando junto.
Quando menos esperarem vão perceber que compraram gato por lebre.
Se liga!
Quando menos esperarem vão perceber que compraram gato por lebre.
Se liga!
Se a
previsão da OMS se confirmar, logo atingiremos o caos na saúde pública e os senhores
que – por incrível que pareça - até agora agiram de forma racional e seguindo estratégias
sanitárias corretas, serão acusados de incompetência, irresponsabilidade e má
administração do erário.
Não
demorará e aqueles, que em nenhum momento demonstraram respeito pelos cidadãos
nem responsabilidade em relação ao cargo que ocupam, terão os argumentos suficientes
para incentivar “o povo” a pedir a cabeça dos “gestores” estaduais e
municipais por terem desonrado sua missão de homens públicos.
Na
sequência, acusarão o Congresso e o Supremo de conivência com as ações ilícitas
e irresponsáveis dos mesmos governantes incompetentes e decretarão o fechamento
de ambas as Casas.
O fechamento
do Congresso por ter liberado verba para financiar a bandalheira assassina dos governadores
e prefeitos; O do Supremo por cumplicidade ao dar a esses total autonomia para
decidirem o que podia e o que não podia .
Daí, do
nada, surgirá em seu cavalo alazão - tal
e qual o que apareceu sendo cavalgado no último domingo – o Messias Bolsonaro.
O Falso
Messias, que veio para libertar o Brasil da devassidão moral, da corrupção e da
ameaça comunista, restabelecerá a ordem e cumprirá assim sua missão
salvacionista.
E então...
Estaremos
todos ferrados e mal pagos até que surja outro herói que venha nos redimir e
nos resgatar dos novos 21 anos de autoritarismo e repressão.
E daí?
Daí, já era, já foi.
E daí?
Daí, já era, já foi.
Triste do povo que precisa de heróis, já disse sabiamente Brecht.
- Mas,
o que passa, meu caro? Viraste profeta do mal? “Ora direis, perdeste o senso, certo ouvir estrelas”.
- Não,
meu caro cara pálida. Filme reprisado, figurinha repetida, o presente repetindo
o passado.
Tomara
que isso tudo não passe de alucinação da minha mente imaginativa e, esse texto, nada além de um artigo pessimista fatalista mal escrito por mais um desses comunistas ateus.
“Ora
direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso
Eu vos
direi no entanto:
Enquanto
houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer não,
Eu
canto
Ora
direis”....
8 de jan. de 2020
NA PONTA DO LÁPIS
Conhecido como o mês de pagar as contas, janeiro exige cautela, jogo de
cintura, organização e controle de gastos para manter as finanças em dia
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Janeiro, mês de colocar as contas em dia Foto: Pixabay.com |
Terminadas as festas de fim de ano, janeiro
chega com tudo e não está prosa. Cobranças e faturas pipocam de todos os lados:
cartão de crédito, IPVA, IPTU, material escolar.
Tradicionalmente conhecido como o mês de pagar as contas, janeiro já virou sinônimo de esvaziar o bolso, tentar colocar em dia as dívidas adquiridas em dezembro e se organizar para os débitos que virão nos meses seguintes.
Tradicionalmente conhecido como o mês de pagar as contas, janeiro já virou sinônimo de esvaziar o bolso, tentar colocar em dia as dívidas adquiridas em dezembro e se organizar para os débitos que virão nos meses seguintes.
Não bastassem as cobranças tradicionais da
época há também reajustes de preços de todos os tipos e porcentagens, uns acima,
outros na média, mas poucos abaixo da inflação.
No corre-corre para honrar o que foi
adquirido no final do ano anterior e assumir com folga e tranquilidade os
compromissos do novo ano, muitos consumidores se esquecem do principal: colocar
tudo na ponta do lápis e se organizar financeiramente, ou seja, fazer o famoso
orçamento doméstico.
Para diminuir o peso das novas dívidas que o
começo do ano exige, as palavras de ordem são pesquisar e pechinchar, pelo
menos em relação aos itens que, por força das circunstâncias, vão precisar ser
assumidos de imediato como material escolar e IPVA, mas que podem ser facilmente
negociados ou receberem bons descontos se forem pagos à vista.
ESTRATÉGIAS
Em todo o país a saída parece ser a mesma: apertar os cintos para manter as contas em dia.
ESTRATÉGIAS
Em todo o país a saída parece ser a mesma: apertar os cintos para manter as contas em dia.
Contudo, tratando-se de dívidas, a criatividade do brasileiro não tem limites, o óbvio nem sempre é unanimidade e cada um tem sua receita infalível.
Os pernambucanos não fogem à regra.
O estudante Vinicius, 23, vai na contramão de
muitos consumidores: utiliza o décimo terceiro salário para adquirir em janeiro
o que a maioria das pessoas costuma comprar em dezembro.
“Sempre comparo o que eu ganho com a relação custo e consumo e deixo tudo para o início do ano, assim aproveito as promoções que, nessa época, têm um preço melhor, e desse jeito consigo pagar à vista”, revela.
“Sempre comparo o que eu ganho com a relação custo e consumo e deixo tudo para o início do ano, assim aproveito as promoções que, nessa época, têm um preço melhor, e desse jeito consigo pagar à vista”, revela.
O empresário Marcelo, 49, e a vendedora autônoma
Maria José, 44, programam-se com antecedência fazendo reserva já no início de janeiro
de cada ano. “Dessa forma consigo ter em 12 meses o suficiente para pagar com
tranquilidade e sem surpresas tudo o que vem de uma vez só no começo do ano”, afirma
o empreendedor.
Maria Luíza, 64, aposentada, tenta, apesar
de ser difícil, estabelecer prioridades dando preferência para exigências
fiscais mais urgentes como os impostos e tributos.
Dependendo da disponibilidade financeira, Maria Luíza prefere pagar à vista para não precisar cair na cilada do cheque especial, "embora em relação às dívidas nenhum brasileiro consiga ficar totalmente seguro durante todo o ano”, reclama.
DICAS
Dependendo da disponibilidade financeira, Maria Luíza prefere pagar à vista para não precisar cair na cilada do cheque especial, "embora em relação às dívidas nenhum brasileiro consiga ficar totalmente seguro durante todo o ano”, reclama.
DICAS
Para Fernando Aquino, economista,
conselheiro do Cofecon (Conselho Federal de Economia) e membro da ABED (Associação
Brasileira de Economistas pela Democracia), a melhor forma de encarar os compromissos
financeiros assumidos no final de um ano e começo de outro é fazer um
orçamento, tanto para os meses desse ciclo quanto para alguns meses seguintes.
“É difícil aceitar e cumprir os valores orçados, mas ajuda muito a manter um certo equilíbrio”, afirma.
“É difícil aceitar e cumprir os valores orçados, mas ajuda muito a manter um certo equilíbrio”, afirma.
Segundo Aquino, parcelar dívidas é perigoso
já que compromete os meses subsequentes e permite gastar mais agora em troca de
gastar menos depois: “cada pessoa precisa avaliar, em cada gasto que pode parcelar,
se vale à pena, pois todos têm que adequar o seu padrão de vida aos recursos
que ganham”.
Do mesmo modo, tomar empréstimo também
implica em riscos. “O que sempre deve ser evitado é o cheque especial e outros
empréstimos com juros muito altos".
É sempre recomendado, quando se está pagando altos encargos e se tem a possibilidade de acesso a encargos financeiros menores, fazer uma troca dessas dívidas, aconselha Aquino.
É sempre recomendado, quando se está pagando altos encargos e se tem a possibilidade de acesso a encargos financeiros menores, fazer uma troca dessas dívidas, aconselha Aquino.
Em tempos de economia ainda desaquecida e números do desemprego e da inadimplência insistindo em permanecerem altos, cautela e canja de galinha ainda continuam não fazendo mal a ninguém.
2 de jan. de 2020
30 de dez. de 2019
29 de dez. de 2019
DÈJÁ-VU
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2019, O ANO DA (A)NORMALIDADE FOTO: PIXABAY.COM |
O ano de
2019 chega ao fim se notabilizado como mais um ano “(a)normal”, sem avanços significativos, mas agravado por normas paralisantes e conformistas. Muitas dessas normas risíveis, excludentes, inaceitáveis como naturais.
As expectativas altas dos otimistas - notadamente em relação a uma nova forma de governar - aos poucos
foram dando lugar às previsões, apesar de negativas, acertadas por parte dos realistas.
Realismo que não
significa necessariamente pessimismo ou ausência de fé, mas que pode ser
entendido como uma espécie de otimismo que não abre mão do benefício da dúvida nem nega a História e o princípio de realidade.
O fato é que o Brasil, que nos
últimos dois anos patinou com a instabilidade política e econômica, hoje segue sua
“normalidade” sem rumo, sem sequer ter um esboço de projeto de país e que, na maioria das decisões, continua repetindo um passado
desastroso.
Evoluímos da estagnação
econômica para o caminhar sem direção. Ou seja, permanecemos reféns das expectativas,
andando em círculo e, para nosso azar, em 2019, limitados pelo conformismo e anestesiados
pelos fundamentalismos.
No campo político, com raras
exceções, parlamentares, mandatários e afins continuaram a jogar o jogo jogado.
No plano econômico, o mercado seguiu ditando as regras.
Nesse sentido, já disse e
repito: quem aprovou a tão “indispensável e urgente reforma da Previdência” foi
o mercado financeiro e não os “ilustres” senadores e deputados.
Lamento, meu caro, mas, se
você ainda não sabe ou não quer enxergar, o poder econômico segue firme, forte
e, mais do que nunca, condicionando o poder político no Brasil.
No enredo dessa nova velha
história cheia de vários protagonistas, em
que o desfecho é tão surpreendente quanto último capítulo de novela, o bandido
nem sempre morre no final.
Aliás, hoje ficou mais difícil
identificar imediatamente quem são os bandidos em meio a esse saco de gatos.
Se ontem os bandidos eram
facilmente identificáveis até de olhos fechados, hoje, apesar de continuarem
sendo tão bandidos quanto antes, agem de forma mais ardilosa e subterrânea que enganam sem dificuldades o mais
cristão dos cristãos.
Os bandidos de hoje pagam de
mocinhos, encarnam o bom cristão, atuam em nome da Lei, apesar de serem
altamente letais.
Não poupam bravatas, falam e agem falsamente em
nome do Senhor. Caminhando a passos largos, vão arrebatando legiões de
fundamentalistas que, por sua vez, não têm - ou não querem ter - entendimento nem vontade.
Final dos tempos, irmãos.
Nesse cenário caótico, irresponsável,
limitante e preconceituoso o que resta, por enquanto, é a História.
Que a História, por si só ou
por seus conteúdos, ainda que parecidos ou repetidos, não analisada como
um déjà-vu, mas possa ser urgentemente compreendida pelos seus verdadeiros
significados, positivos e negativos.
Em 2020 não nos enganemos a
nós mesmos nem deixemos que continuem a nos enganar ou nos façam aceitar o inadmissível
como algo normal.
Que o novo ano seja verdadeiramente
novo e, como disse o atualíssimo, mas nem sempre normal, William Shakespeare, que
as pessoas sejam o que parecem.
Feliz 2020!
11 de abr. de 2019
15 de nov. de 2018
DEMOCRACIA: SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO
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Democracia representativa é vista com
negatividade e insatisfação
Foto: Pixabay.com
|
A
eleição
democrática através do voto e a identificação partidária estão em baixa no
mundo, segundo estudo realizado pelo Pew Research Center, instituição norte-americana
que realiza estudos estatísticos que influenciam a sociedade e atuam sobre a
tomada de decisões políticas.
O levantamento
foi realizado em 35 países e apontou que em média 26% das nações não se
identificam com nenhum partido político enquanto que 17% se opõem à democracia
representativa.
Segundo o estudo,
a baixa filiação política ou adesão partidária têm contribuído para uma visão
desfavorável da democracia.
A América Latina
lidera e é a região que possui a maior rejeição à democracia efetivada através do
voto direto (33%) e onde a maioria da população (51%) não apóia nenhum partido
político.
O Chile foi o
país que registrou o maior índice de rejeição aos partidos políticos (78%) enquanto
que na Índia apenas 2% da nação não se identificam com nenhuma agremiação
partidária.
Brasil (33%) e
Peru (32%) são países em que o olhar sobre a representação democrática através
do voto é negativo, sendo que 60% da população não apóia nenhum partido
político, segundo o Pew Research.
Esses dados
confirmam levantamento realizado pelo Américas Barometer em 17 nações
latino-americanas. O estudo registrou que, em média, apenas 41% dos cidadãos
confiam nas eleições realizadas em seus paises e 67% crêem que mais da metade
ou todos os políticos são corruptos.
No Oriente Médio
e Norte da África as visões sobre a democracia e a necessidade de adesão
política variam.
Em média 16% dessas
regiões são desfavorecidas, sendo que na Jordânia 36% da população acredita que
a democracia é uma maneira ruim de se governar o país.
Nos países em que
a adesão partidária é maior, as opiniões sobre a democracia representativa é
mais positiva.
É o caso de
Europa, Israel e Índia, sendo que 98% dos indianos e 97% dos israelenses são
politicamente filiados. Nesses países, a opinião negativa da população sobre a
democracia registrou um índice de 9% em média.
O estudo não
apontou soluções para os problemas identificados, mas, como para um bom
entendedor meia palavra basta, os políticos sabem que precisam urgentemente abrir
mão de seus interesses pessoais.
Têm de parar de
fazer da democracia um trampolim para chegarem ao auge do poder e deixar de se
comportarem como predadores lutando para se firmarem no topo da cadeia
alimentar.
Caso isso não
ocorra, a democracia vai estar sempre ameaçada, em risco ou à espera de algum
aventureiro que a resgate da torre e a tome para si.
Gente se achando
o suprassumo da Quintessência e usurpadores de plantão é o que não falta.
O Brasil que o
diga.
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