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6 de jul. de 2020

INFORMAÇÃO QUE LIBERTA


Grupo de jornalistas cria o Bareia, coletivo que checa veracidade de notícias relacionadas ao universo religioso cristão
Coletivo Bereia: instrumento jornalístico de combate às fake news religiosas

Grupo de jornalistas cria o Bereia, coletivo que checa veracidade de notícias relacionadas ao universo religioso cristão
É cada vez mais preocupante o sucessivo número de fake news no Brasil e no mundo. Não menos assustador é a velocidade com que elas se espalham.
Da mesma forma, crescente e preocupante é a quantidade de cristãos que têm sido bombardeados por notícias falsas relacionadas à religião ou ligadas a opiniões e decisões políticas e jurídicas que têm a ver diretamente com essa temática.
Muitos fiéis vêm se tornando, ao mesmo tempo, vítimas e reféns das fake news de caráter político-religioso e de seus propagadores dentro e fora das igrejas. Isso não é mera impressão, é fato.
Vítimas porque muitos desses cidadãos ingênuos, devido à baixa escolaridade — grande parte não sabe ler nem escrever — não têm alternativa a não ser acreditar em tudo o que lhes dizem como sendo verdade absoluta.
Reféns porque, por receio de se contrapor aos seus superiores hierárquicos, se veem na obrigação de acreditar neles, como se eles fossem — por saberem ler e terem formação na área — “especialistas” detentores da verdade incontestável.
Também é fato que alguns líderes religiosos estão dentro das igrejas fazendo doutrinação política de forma absolutista ao invés de pregarem a Palavra.

Boa Nova

A boa nova é que, no mesmo ritmo em que as notícias falsas se multiplicam, medidas e iniciativas para evitá-las e combatê-las não param de brotar. No meio religioso também.
Cristãos brasileiros que valorizam a verdade têm o que comemorar, pois já existe um grupo de profissionais da comunicação que veio para esclarecer e não para confundir.
Grupo brasileiro de fact-checking (checagem de fatos), o Coletivo Bereia é único no mundo nessa categoria.
É composto por jornalistas, pesquisadores, estudantes e voluntários ligados ao meio cristão.
Comprometidos com a verdade dos fatos, eles checam diariamente a veracidade das informações divulgadas por personalidades, políticos e influenciadores religiosos cristãos, em sites de inspiração religiosa e redes sociais.
Em meio à irresponsabilidade, o desrespeito e ao fortalecimento da mentira como regra para se chegar e se manter no poder, inclusive se dizendo religioso, o Coletivo Bereia veio para fazer a diferença e jogar luz na escuridão das fake news.
“Queremos levantar a reflexão de que o fato de serem religiosos não os isentam nem da propagação, nem da aceitação de conteúdo enganoso ou desinformativo”, afirma, em entrevista ao site Ijnet, Magali Cunha, jornalista diretora geral do coletivo.
Magali também acredita na importância de falar sobre essa questão no universo cristão e criar uma consciência crítica dentro desse grupo.
Em um cenário em que manipulação e mentira se tornaram valores universalmente naturais na vida das pessoas, e lugares-comuns entre muitos religiosos, o Coletivo Bereia é um golpe no fanatismo dos que querem impor, a todo custo, suas verdades como sendo inquestionáveis.
Verdades essas, na maioria da vezes, distorcidas, descoladas da realidade e repleta de argumentos que não se sustentam.
O Coletivo Bereia é, portanto, iniciativa jornalística que deve ser aplaudida, incentivada e divulgada.
Afinal, “para conhecer o mal é preciso saber os meios em que ele atua” e, assim, possibilitar que se  entre em contato com a Verdade e ela vos liberte.
Vida longa, Coletivo Bereia!

8 de jan. de 2020

NA PONTA DO LÁPIS



Conhecido como o mês de pagar as contas, janeiro exige cautela, jogo de cintura, organização e controle de gastos para manter as finanças em dia



Janeiro, mês de colocar as contas em dia
Foto: Pixabay.com
Terminadas as festas de fim de ano, janeiro chega com tudo e não está prosa. Cobranças e faturas pipocam de todos os lados: cartão de crédito, IPVA, IPTU, material escolar. 

Tradicionalmente conhecido como o mês de pagar as contas, janeiro já virou sinônimo de esvaziar o bolso, tentar colocar em dia as dívidas adquiridas em dezembro e se organizar para os débitos que virão nos meses seguintes.
   
Não bastassem as cobranças tradicionais da época há também reajustes de preços de todos os tipos e porcentagens, uns acima, outros na média, mas poucos abaixo da inflação.

No corre-corre para honrar o que foi adquirido no final do ano anterior e assumir com folga e tranquilidade os compromissos do novo ano, muitos consumidores se esquecem do principal: colocar tudo na ponta do lápis e se organizar financeiramente, ou seja, fazer o famoso orçamento doméstico.

Para diminuir o peso das novas dívidas que o começo do ano exige, as palavras de ordem são pesquisar e pechinchar, pelo menos em relação aos itens que, por força das circunstâncias, vão precisar ser assumidos de imediato como material escolar e IPVA, mas que podem ser facilmente negociados ou receberem bons descontos se forem pagos à vista.

ESTRATÉGIAS

Em todo o país a saída parece ser a mesma: apertar os cintos para manter as contas em dia. 

Contudo, tratando-se de dívidas, a criatividade do brasileiro não tem limites, o óbvio nem sempre é unanimidade e cada um tem sua receita infalível. 

Os pernambucanos não fogem à regra.

O estudante Vinicius, 23, vai na contramão de muitos consumidores: utiliza o décimo terceiro salário para adquirir em janeiro o que a maioria das pessoas costuma comprar em dezembro. 

“Sempre comparo o que eu ganho com a relação custo e consumo e deixo tudo para o início do ano, assim aproveito as promoções que, nessa época, têm um preço melhor, e desse jeito consigo pagar à vista”, revela.

O empresário Marcelo, 49, e a vendedora autônoma Maria José, 44, programam-se com antecedência fazendo reserva já no início de janeiro de cada ano. “Dessa forma consigo ter em 12 meses o suficiente para pagar com tranquilidade e sem surpresas tudo o que vem de uma vez só no começo do ano”, afirma o empreendedor.

Maria Luíza, 64, aposentada, tenta, apesar de ser difícil, estabelecer prioridades dando preferência para exigências fiscais mais urgentes como os impostos e tributos.     

Dependendo da disponibilidade financeira, Maria Luíza prefere pagar à vista para não precisar cair na cilada do cheque especial, "embora em relação às dívidas nenhum brasileiro consiga ficar totalmente seguro durante todo o ano”, reclama.

DICAS

Para Fernando Aquino, economista, conselheiro do Cofecon (Conselho Federal de Economia) e membro da ABED (Associação Brasileira de Economistas pela Democracia), a melhor forma de encarar os compromissos financeiros assumidos no final de um ano e começo de outro é fazer um orçamento, tanto para os meses desse ciclo quanto para alguns meses seguintes. 

“É difícil aceitar e cumprir os valores orçados, mas ajuda muito a manter um certo equilíbrio”, afirma.

Segundo Aquino, parcelar dívidas é perigoso já que compromete os meses subsequentes e permite gastar mais agora em troca de gastar menos depois: “cada pessoa precisa avaliar, em cada gasto que pode parcelar, se vale à pena, pois todos têm que adequar o seu padrão de vida aos recursos que ganham”.

Do mesmo modo, tomar empréstimo também implica em riscos. “O que sempre deve ser evitado é o cheque especial e outros empréstimos com juros muito altos". 

É sempre recomendado, quando se está pagando altos encargos e se tem a possibilidade de acesso a encargos financeiros menores, fazer uma troca dessas dívidas, aconselha Aquino.

Em tempos de economia ainda desaquecida e números do desemprego e da inadimplência insistindo em permanecerem altos, cautela e canja de galinha ainda continuam não fazendo mal a ninguém. 


15 de nov. de 2018

DEMOCRACIA: SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO


DEMOCRACIA, POLÍTICA, AMÉRICA LATINA, BRASIL, PEW RESEARCH, FILIAÇÃO POLÍTICA, PARTIDOS POLÍTICOS., VOX BRASILIS. INTERNACIONAL, COMPORTAMENTO, TERRA BRASILIS
Democracia representativa é vista com negatividade e insatisfação
Foto: Pixabay.com
A eleição democrática através do voto e a identificação partidária estão em baixa no mundo, segundo estudo realizado pelo Pew Research Center, instituição norte-americana que realiza estudos estatísticos que influenciam a sociedade e atuam sobre a tomada de decisões políticas.

O levantamento foi realizado em 35 países e apontou que em média 26% das nações não se identificam com nenhum partido político enquanto que 17% se opõem à democracia representativa.

Segundo o estudo, a baixa filiação política ou adesão partidária têm contribuído para  uma visão desfavorável da democracia.

A América Latina lidera e é a região que possui a maior rejeição à democracia efetivada através do voto direto (33%) e onde a maioria da população (51%) não apóia nenhum partido político.

O Chile foi o país que registrou o maior índice de rejeição aos partidos políticos (78%) enquanto que na Índia apenas 2% da nação não se identificam com nenhuma agremiação partidária.



Brasil (33%) e Peru (32%) são países em que o olhar sobre a representação democrática através do voto é negativo, sendo que 60% da população não apóia nenhum partido político, segundo o Pew Research.

Esses dados confirmam levantamento realizado pelo Américas Barometer em 17 nações latino-americanas. O estudo registrou que, em média, apenas 41% dos cidadãos confiam nas eleições realizadas em seus paises e 67% crêem que mais da metade ou todos os políticos são corruptos.

No Oriente Médio e Norte da África as visões sobre a democracia e a necessidade de adesão política variam.

Em média 16% dessas regiões são desfavorecidas, sendo que na Jordânia 36% da população acredita que a democracia é uma maneira ruim de se governar o país.

Nos países em que a adesão partidária é maior, as opiniões sobre a democracia representativa é mais positiva.

É o caso de Europa, Israel e Índia, sendo que 98% dos indianos e 97% dos israelenses são politicamente filiados. Nesses países, a opinião negativa da população sobre a democracia registrou um índice de 9% em média.



O estudo não apontou soluções para os problemas identificados, mas, como para um bom entendedor meia palavra basta, os políticos sabem que precisam urgentemente abrir mão de seus interesses pessoais.

Têm de parar de fazer da democracia um trampolim para chegarem ao auge do poder e deixar de se comportarem como predadores lutando para se firmarem no topo da cadeia alimentar.

Caso isso não ocorra, a democracia vai estar sempre ameaçada, em risco ou à espera de algum aventureiro que a resgate da torre e a tome para si.

Gente se achando o suprassumo da Quintessência e usurpadores de plantão é o que não falta.

O Brasil que o diga.

21 de jul. de 2017

NA PONTA DO DEDO

APLICATIVOS BANCÁRIOS, INTERNAUTAS, BANCO DIGITAL, BANCO NA PONTA DOS DEDOS, TRANSAÇÕES BANCÁRIAS, APP.
Aplicativos de bancos já são usados por 79% dos internautas, aponta estudo.
Foto: Pixabay.com


Pesquisa trimestral online realizada em junho desse ano pelo CONECTAi Express, plataforma  web do IBOPE Inteligência, revelou que 79% dos 2.000 internautas entrevistados utilizam pelo menos um aplicativo de banco para fazer transações.

O estudo ratifica o pensamento em relação à  facilidade que os aplicativos bancários oferecem exatamente pela possibilidade que têm de permitirem o acesso à conta corrente para a realização de transações a qualquer hora do dia e em qualquer lugar.

Entretanto, a pesquisa apontou que apenas 1/3 dos entrevistados usam a ferramenta somente para consulta. Muitos ainda preferem ir diretamente à agência ou utilizar o internet banking e caixas eletrônicos para realizarem suas operações. 



Pagamentos, transferências e recargas de celular são as principais operações realizadas pelos 2/3 dos entrevistados que fazem consultas e transações via app.




Os aplicativos da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil são os mais utilizados, segundo o estudo.






24 de abr. de 2017

QUESTÃO DE VIDA E MORTE

SUICÍDIO ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES, JOVENS, AUTOCÍDIO, MAPA DA VIOLÊNCIA, BBC BRASIL, SISTEMA DE MORTALIDADE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, BULLYING, VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA, ADOLESCENTES, FAIXA ETÁRIA DE 15 A 29 ANOS.
Número de suicídios entre jovens e adolescentes  brasileiros cresceu 27,2% nos últimos 34 anos
Foto: Pixabay Public Domain


“Baleia Azul, jogo que aportou no Brasil na semana passada e tomou conta dos noticiários causando temor e perplexidade em pais e filhos, chamou a atenção para um assunto que ainda é tratado com reservas e sem profundidade em todo o mundo: o suicídio entre jovens e adolescentes.

Para investigar a extensão do Baleia azul e o principal prejuízo que ele pode causar, a BBC Brasil divulgou com exclusividade reportagem com números do Mapa da Violência 2017 sobre suicídios entre jovens e adolescentes brasileiros.

O estudo, realizado a partir de um levantamento feito anualmente pelo Sistema de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, apontou dados preocupantes em relação à quantidade de suicídios na faixa etária adolescente e à forma como eles ainda são desconsiderados no país.

De 1980 a 2014, a quantidade de suicídios envolvendo jovens e adolescentes de 15 a 29 anos por 100 mil habitantes cresceu 27,2%  Em números reais isso equivale a 2.898 casos.

SUICÍDIO ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES, JOVENS, AUTOCÍDIO, MAPA DA VIOLÊNCIA, BBC BRASIL, SISTEMA DE MORTALIDADE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, BULLYING, VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA, ADOLESCENTES, FAIXA ETÁRIA DE 15 A 29 ANOS.
Número de jovens e adolescentes que se matam no Brasil cresce ano após ano
Foto: Pixabay Public Domain

Na população geral, o índice de suicídios chegou aos 60%, nos últimos 34 anos.

Segundo o ranking de suicídios divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa a oitava colocação em números de autocídios no mundo.

A taxa de suicídios entre os jovens brasileiros está em 4,5, bem abaixo dos 25 por 100 mil habitantes na Rússia, mas é crescente a cada ano no Brasil,de acordo com dados da OMS.

Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, depressão, abuso de drogas e álcool, bullying, violências sexuais e domésticas são os fatores mais associados ao suicídio entre jovens e adolescentes.

A competitividade exagerada, a não aceitação das diferenças de gênero, preconceito com a orientação sexual, a cor da pele e peso, também foram listados pelos estudiosos como fatores potenciais que favorecem o autocídio.

O acompanhamento quanto ao uso da internet, não como um monitoramento controlador, mas como uma preocupação amorosa, não foi supervalorizado nem subestimado pelos estudiosos.

Em entrevista  à BBC Brasil a  professora da Universidade Estadual do Rio de JaneiroUerj - e psicóloga, Mariana Bteshe afirmou que “é preciso que a família, mantendo a privacidade do jovem, busque uma forma de contato com ele e abra um espaço de diálogo”.

Enxergar os jovens como eles são, entender e respeitar suas transformações naturais e seu relacionamento com o mundo, juntamente com a interação social diária, presencial e contínua ainda são atitudes que podem melhorar e permitir o bom convívio com a galera jovem, ressaltam psicólogos e pedagogos.

Amor, acompanhamento e empatia é a fórmula elementar para prevenir desvios e tentar evitar que os jovens e adolescentes tomem decisões drásticas ou optem por atalhos fatais como o suicídio.

Quando colocada em prática, essa tríade não impedirá que a estrada que os jovens e adolescentes irão percorrer seja repleta de percalços nem a caminhada desafiadora, porém, permitirá que ela também seja prazerosa, responsável, livresem culpa e com menor número de interrupções abruptas, como deve ser a vida

Simples assim.

18 de abr. de 2017

PESO PESADO

OBESIDADE, HIPERTENSÃO, DIABETES, OBESOS NO BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, OMS, ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL,  EXERCÍCIOS FÍSICOS, SEDENTARISMO.
Número de brasileiros obesos aumentou 60% em dez anos e ultrapassa os 37 milhões
 Foto: Pixabay Public Domain

Os brasileiros estão caminhando a passos largos em direção a obesidade preocupante. Uma em cada cinco pessoas no país já está acima do peso.  Nos últimos dez anos, o número de obesos subiu para 37 milhões e 800 mil, crescimento de 60%, de acordo com dados divulgados ontem (17) pelo Ministério da Saúde.

A obesidade também continua andando mal acompanhada. O estudo revelou que o diagnóstico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016. A hipertensão saltou de 22,5% para 25,7%, no mesmo período.

As mulheres são as mais afetadas, apontou o estudo que entrevistou 53,2 mil pessoas maiores de 18 anos e que foi realizado entre fevereiro e dezembro de 2016.

Anualmente, doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes e câncer ainda são as responsáveis por 74% dos óbitos no Brasil, embora, segundo o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, tenha havido redução de 2,6% nos índices de mortalidade prematura por doenças crônicas entre pessoas de 30 a 69 anos.

Nas capitais, o excesso de peso subiu de 42,6% para 53,8% nos últimos dez anos. Entre a população de 25 a 44 anos, a porcentagem de obesos atingiu 17%

MUDAR HÁBITOS
O mau hábito alimentar e a mudança na forma como os brasileiros estão escolhendo os ingredientes que põem na mesa são dois indicativos preocupantes que resumem o porquê do aumento substancial de casos de obesidade.

Apenas 33% dos adultos consomem frutas e hortaliças nos cinco dias da semana, constatou a pesquisa.

Os alimentos considerados básicos e tradicionais também estão sendo deixados de lado, a ponto de o consumo regular de feijão ter diminuído de 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016.

Porém, nem tudo está perdido. O estudo também revelou que mudanças positivas quanto à diminuição do consumo regular de refrigerantes e/ou sucos artificiais estão acontecendo.

Em 2007 os indicadores em relação a esses dois inimigos da saúde apontaram que o consumo era feito por 30,9% das pessoas. Em 2016, desabou para 16,5%.

Os jovens também são portadores de boas notícias

A prática de atividade física nas horas livres pela garotada na faixa dos 18 aos 24 anos, que faz exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, subiu de 30,3%  em 2009 para 37,6% em 2016.

Problema de saúde pública no Brasil desde 2002, e classificada como epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade não poupa ninguém. É um mal que atinge a todos.

Mantido o ritmo de crescimento da doença nos níveis atuais em pouco mais de dez anos o Brasil se igualará aos Estados Unidos, país em que mais de 30% da população é obesa. 

Mudanças de hábitos alimentares e mentais, exercícios físicos regulares e sono reparador, por mais que sejam orientações batidas e repetidas, ainda são o caminho mais rápido e eficiente para pesar menos, manter o corpo em forma, a saúde em dia e passar longe da ameaça da sepultura.

28 de fev. de 2017

UNHA E CARNE

SMARTPHONES, PESQUISA GOOGLE, GOOGLE CONSUMER BAROMETER, BRASILEIROS E SMARTPHONES, TECNOLOGIA, COMPORTAMENTO, INTERNET, CONECTIVIDADE
Smartpone é o companheiro inseparável de 62% dos brasileiros
Foto: Pixabay Public Domain

O percentual de brasileiros que usam smartphones subiu de 14% em 2012 para 62% em 2016, segundo pesquisa internacional realizada pelo Google.

O estudo aplicado pelo Google Consumer Barometer, ferramenta que investiga comportamentos de consumidores em todo mundo, identificou também que 59% dos brasileiros usam o smartphone como meio mais recorrente para acessar a Internet.

O estudo apontou ainda que que 72% dos consumidores brasileiros começaram há fazer uso dos telefones inteligentes há mais de 12 meses.

Telefones celulares com tecnologia equivalentes a dos computadores, os smartphones já são considerados o braço direito das pessoas que estão online e são utilizados por homens e mulheres dos 14 aos 80 anos ou mais.

Em relação ao uso no dia a dia, 60% dos entrevistados do Brasil afirmaram que se usufruem dos smartphones como despertador, 64% para tirar fotos e fazer vídeos, 59% como principal relógio, 60% para ouvir música e 39% para se divertir com os jogos.

SMARTPHONES, PESQUISA GOOGLE, GOOGLE CONSUMER BAROMETER, BRASILEIROS E SMARTPHONES, TECNOLOGIA, COMPORTAMENTO, INTERNET, CONECTIVIDADE
Smartphone é o mil e uma utilidades do Brasileiro
Foto: Pixabay Public Domain
Ano após ano, o smartphone vem se tornando o maior companheiro dos internautas.

Semanalmente 65% dos usuários brasileiros de smartphones acessam religiosamente seus aparelhos para visitar redes sociais enquanto 50% assistem vídeos online e 44% acessam os motores de busca. Apenas 2% utilizam para a comprar produtos ou adquirir serviços, revelou o estudo global.

Os smartphones já viraram acessórios inseparáveis de seus utilizadores no Brasil e, até na hora em que assistem Tv, 86% dos entrevistados assumiram que não desgrudam de seus aparelhos celulares com acesso a Internet.

A pesquisa do Google Consumer Barometer também foi realizada em mais de 50 países da África, América, Ásia e Europa.

Foram ouvidos 1.000 pessoas em entrevistas presenciais e por telefone em cada país e efetuados 3.000 questionários online.

24 de fev. de 2017

LENTOS E SORRATEIROS


DEPRESSÃO, TRANSTORNOS MENTAIS, OMS, SUICÍDIOS, TOC
Casos de depressão e transtornos mentais já atingem 584 milhões de pessoas no mundo.
Foto: Pixabay Public Domain

Os brasileiros são a população com o maior índice de depressão na América LatinaSegundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a taxa de homens e mulheres afetados por essa doença no Brasil chegou a 5,8%.  Cuba com 5,5%, Paraguai com 5,2%, Chile e Uruguai com 5%, vêm na seqüência.

O Brasil também lidera as estatísticas em número de ansiosos e 9,3% das pessoas têm algum tipo de transtornos de ansiedade, índice três vezes superior à média mundial. 

Os paraguaios com 7,6%, chilenos com 6,5% e uruguaios com 6,4% são os outros povos cujo os percentuais também são elevados.

Doença silenciosa que não expõe seus sinais aos olhos nus, a depressão é um problema mundial de saúde pública  que atinge principalmente o sexo femininoEstima-se que 5,1% da população de mulheres sejam afetadas por esse mal em todo mundo. Entre os homens, a taxa é de 3,6%.

Em números exatos, os casos de depressão atingiram o patamar de 320 milhões, crescimento de 18% nos últimos dez anos, segundo a OMS, o que corresponde a 4,4% da população total do planeta.

Os casos de transtornos de ansiedade não ficam para trás.

A quantidade de pessoas portadoras de perturbações mentais aumentou 15% nos últimos 12 anos e o problema já atinge 264 milhões de cidadãos no mundo. Os prejuízos não são só psicológicos, mas financeiros e sociais também.

A OMS estima que cerca de 7,5% de pessoas ficam incapacitadas por conta da depressão, responsável também por 800 mil casos de suicídios por ano. Os prejuízos financeiros provocados pelos transtornos mentais representam perdas de U$ 1 trilhão anuais em todo o mundo. 

A OMS avalia que até 2030 a depressão será o mal que mais prevalecerá no planeta, superando os casos de câncer e de doenças infecciosas.

14 de abr. de 2016

CIDADE NEGRA

Haitianos ocupam a cidade, submetem-se ao trabalho informal como mão de obra barata e se tornam a cara da nova onda migratória em São Paulo

Foto: Cido Marques/FCC (18/05/2014) Fotos Públicas

A avenida São João, localizada centro de São Paulo, é um dos cartões postais mais famosos da cidade. No início do século XX era conhecida por sua constante agitação cultural e por abrigar, além de cinemas, teatros e lojas especializadas no comércio de calçados e guarda-chuvas, um grande número de migrantes e de imigrantes. Já foi cantada em verso e prosa por poetas e músicos, como o cantor Caetano Veloso que a imortalizou em Sampa, considerado por alguns um hino à cidade.

Nos últimos dois anos, entretanto, quem passa ao longo da São João percebe que é outro movimento e outros sons, ou mais precisamente, outros sotaques que têm ocupado a avenida e ecoado nas lojas, bares, hotéis e ruas ao redor: Os imigrantes haitianos são os novos habitantes do pedaço.

Segundo dados oficiais. dos 1,7 milhão de estrangeiros de 85 nacionalidades que vieram para o Brasil desde 2011, pelos menos 600 mil vivem na capital paulista e os haitianos são o exemplo mais visível do aumento exponencial do número de estrangeiros que passaram a viver na terra da garoa, recentemente.

A quantidade de haitianos que buscam refúgio ou uma nova oportunidade de vida nas regiões paulistanas passou de 814 em 2011 para 14579 em 2013, população que chega a ser duas vezes maior do que a de muitas cidades do interior de Minas Gerais. 

Vindos de outro sonho infeliz de cidade, são os eles, e não mais os italianos, portugueses, espanhóis, libaneses e nordestinos, os novos moradores da avenida São João que têm aprendido depressa a chamar São Paulo de realidade.

Fugidos ou expulsos de sua terra natal pelo terremoto que devastou o país em 2010, parece até que serviram de inspiração para outra música famosa de Caetano, Haiti, cuja letra e refrão refletem a dor, indignação, desrespeito e sofrimento dos negros brasileiros e que cai como uma luva em ralação à situação que os nativos de Porto Príncipe vêm enfrentando na cidade: “O Haiti é aqui. O Haiti não é aqui”.

Muitos vêm exercendo atividades técnicas e braçais na construção civil. Outros têm sobrevivido como camelôs ou se submetendo a trabalhar em média 14 horas por dia em condições semiescravas e degradantes para ganhar até um salário mínimo, embora possuam um perfil não muito diferente do perfil do brasileiro médio, segundo pesquisa realizada pela PUC-MG que apontou que a maioria tem segundo grau incompleto e faixa etária entre 25 e 34 anos.

Exploração e preconceito

Foto: Fernando Pereira/SECOM (06/05/2014) Fotos Públicas

Os irmãos Rony, 26 anos, e Roniel, 25 anos, são exemplos de imigrantes que viveram a exploração de mão de obra na cidade. Expulsos do Haiti pelo terremoto que devastou o país em 2010, onde perderam os pais e dois irmãos que nunca tiveram os corpos encontrados e identificados, eles estão no Brasil há 18 meses.

Chegaram a trabalhar 16 horas diárias como serventes de pedreiro na construção civil e depois como ajudantes de cozinha em um restaurante Self service. “Trabalhávamos em troca de comida e de um rendimento de R$ 540,00. Como tínhamos que pagar, cada um, R$ 300,00 de aluguel em um quarto de pensão, não sobrava nada”, afirmam chateados. 

Inconformados com o desrespeito, resolveram dar a volta por cima, decretaram a independência e hoje chegam a ganhar até R$ 1000,00 vendendo relógios por R$ 30,00 na região da Praça da República em São Paulo.

Sentem-se beneficiados porque os “rapas” não caem em cima deles. “Pelo fato de não sermos brasileiros, eles não tomam nossos produtos. Acho que têm medo de sofrer alguma punição do governo, da delegacia de imigração”, confessa Jacquet, aliviado, mas um tanto decepcionado com o Brasil por acreditar que iria encontrar um emprego decente com possibilidade de estabilidade financeira em um médio prazo.

As funções subalternas ou de pouca valorização profissional e as péssima condições de trabalho que são oferecidos aos imigrantes não acontece somente no Brasil. É assim também na Europa. 

Segundo o economista e sociólogo José de Almeida Amaral Júnior, o europeu também não bota a mão no trabalho mais pesado. “As antigas colônias migram para as metrópoles para buscar emprego e o emprego que vão ter não é o de professor, mas de lavador de pratos, limpador de banheiro e varredor de chão”, afirma.

Apesar de existirem leis brasileiras rígidas que proíbem a contratação ilegal e a exploração da mão obra imigrante, a fiscalização ainda deixa a desejar e muitos imigrantes acabam cedendo às exigências desrespeitosas de quem pode contratar. 

Vivem o tempo todo na corda bamba e presos a um dilema: não podem voltar aos seus países de origem porque não têm mais dinheiro e não conseguem continuar por aqui sem ter onde morar ou o que comer.

Para Amaral, no Brasil, os haitianos encontram outro problema: o preconceito. “Algumas pessoas reclamam porque eles são haitianos. Porque o cara é negro. Se fosse alemão, italiano francês ou português ou se achassem eles bonitinhos e de olho claro, não tinha erro. Se o cara é negro, haitiano ou angolano, reclama-se. Não pelo desequilíbrio do mercado ou pelo medo do desemprego, mas por preconceito mesmo, porque se o país tem pleno emprego pode absorver todos esses migrantes. ”, sentencia.

Amaral acredita que, por enquanto, a onda de imigração não tem solução, afinal o mundo está em crise e é uma crise séria. Não há perspectivas de uma melhora relativamente rápida. 

Um país ou outro ainda consegue se safar, “mas de um modo geral a economia mundial está devagar no sentido de não poder absorver de uma forma fácil a mão de obra que vem de outro lugar. “Se a economia vai bem e está funcionando, até no deserto os Tuaregs vivem”, conclui.

A exceção e a regra
Foto: Laura Daudén/Conectas.org (29/04/2014) Fotos Públicas

Mas, como toda regra tem exceção, há também quem tem sorte em meio a esse turbilhão de dúvidas e incertezas econômicas. É o caso de Jacques Card Renel, 38 anos. No Brasil há apenas seis meses e Adventista do Sétimo Dia, Renel conseguiu um emprego registrado na Igreja Batista da Liberdade.

Professor de costura e costureiro no Haiti, pai de um casal de filhos que deixou por lá e dos quais morre de saudade, mãos calejadas e olhos marejados de lágrimas, Edi, como é conhecido na igreja, sente-se abençoado e feliz, mesmo trabalhando como auxiliar de serviços gerais.

“No Brasil está difícil até para os brasileiros encontrarem emprego, mas graças a Deus e aos irmãos da igreja consegui um trabalho que me dá um salário bom e que me permite ajudar meus filhos e minha família que ficou em Porto Príncipe, confessa aliviado.

Renel, que fala fluentemente francês, inglês, espanhol, criolo, já “arranha” bem português. Diz estar satisfeito e feliz e confessa que dificilmente volta a morar no Haiti, que o seu maior sonho é conseguir uma residência e trazer a família para o Brasil.

Jacques Renel não tem sido o único abençoado. As igrejas vêm se notabilizando como o lugar onde outros muitos imigrantes têm encontrado conforto espiritual e abrigo.

Católicos e evangélicos dividem a atenção e a preferência dos povos africanos que chegam ao Brasil. É o caso Igreja Adventista do Sétimo Dia Central Paulistana e da Paróquia Nossa Senhora da Paz.

Elas já receberam mais de 10 mil imigrantes de várias nacionalidades, inclusive exilados e refugiados. Oferecem aulas de português, acompanhamento jurídico, social, psicológico, orientação profissional, acompanhamento médico e encaminhamento ao emprego. “A missão principal é o amor ao próximo e o cumprimento do “ide” de Jesus”, afirma o administrador da Liber – Igreja Batista da Liberdade – Francisco Rissato.

Habitantes do novo quilombo de Zumbi que São Paulo se tornou nos últimos anos, os imigrantes só querem é ser feliz. Suas histórias parecidas e realidades semelhantes têm marcado a vida e o dia a dia da não mais túmulo do samba e da não tanto terra da garoa.

São homens e mulheres que, apesar da dor, do banzo e da distância, têm resistido, para mostrar “aos outros quase pretos (e são todos quase pretos) a grandeza épica de um povo em formação”, que há lugar para todos na terra dos mil povos e que dá para viver um sonho feliz de cidade na Pan-America de Áfricas utópicas.

Que o sonho deles seja possível, que todos sejam bem-vindos e que a exceção - aqueles que têm se dado bem - se torne a regra.

O ABC DA IMIGRAÇÃO

IMIGRANTE: Pessoa que imigra ou imigrou, que entra em um país estrangeiro com o objetivo de residir ou trabalhar.

EMIGRANTE: Êxodo de indivíduos ou grupos, considerado do ponto de vista do país de origem. No âmbito sociológico, a emigração consiste no abandono voluntário do seu país de origem, por motivos políticos, econômicos, religiosos etc.

ASILADO: Que recebeu asilo, refúgio.

ASILADO POLÍTICO: Sob proteção ou, em determinadas circunstâncias e sob determinadas condições. É dada no território de um Estado ou de suas missões diplomáticas creditadas no exterior para pessoas perseguidas por suas opiniões políticas, crenças religiosas ou as suas condições étnicas.

EXILADO: Que foi exilado ou se exilou, banido, degredado, deportado, desterrado, expatriado, proscrito, despatriado.

REFUGIADO:  Indivíduo que se mudou para um lugar seguro, buscando proteção. Aquele que foi obrigado a sair de sua terra natal por qualquer tipo de perseguição; quem se refugiou; pessoa que busca escapar de um perigo. Refugiado político. Quem foi obrigado a deixar sua pátria por sofrer perseguição política.

TEMPORÁRIO: É quando uma pessoa vai para um lugar e depois de um tempo volta ou vai e volta depois de um longo tempo.

PERMANENTE: Quem foi autorizado a estabelecer residência fixa em outro país por trabalho permanente ou por ter estabelecido vínculos familiares com pessoas do país em que passou a viver.

COIOTE: Traficante de seres humanos ou que, mediante extorsão e pagamento de dinheiro, abusos físicos, estupro, submetem pessoas às suas vontades em troca de liberdade ou permissão para entrar ou sair de uma região.

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