4 de ago. de 2017

PÉROLA RARA

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Luiz Melodia, O Pérola Negra, morreu aos 66 anos.
Foto: Divulgação

A MPB perdeu mais uma joia rara de sua coroa na madrugada dessa sexta-feira. Luiz Melodia, o Pérola Negra, partiu aos 66 anos, vítima de complicações decorrentes de um câncer, deixando uma história repleta de música e simpatia.

Carioquíssimo da gema, Melodia, que tinha como nome de batismo Luiz Carlos dos Santos, nasceu no morro de São Carlos, no Estácio.

Adotou o sobrenome artístico do pai, Oswaldo Melodia, funcionário público e músico amador boêmio do Estácio, um dos berços do samba carioca. 

A partir do Estácio, Melodia espalhou para todo o Brasil sua luminosidade através da voz suave empregada em grandes sucessos.

Tímido e de comportamento reservado, o supercarioca Luiz Melodia trazia a música impregnada no nome e na vida. Preferia cantar do que falar.

Era conhecido e admirado pelos amigos por sua simplicidade e singeleza, características que soube valorizar e utilizar com reconhecimento em todas as músicas que cantou e gravou.

Melodia, que quando jovem queria ser jogador de futebol, deixou de lado o sonho de ser ponta-direita do Vasco para se tornar um craque da MPB.

Ótima troca para ele e para nós que poderemos, todas as vezes que quisermos, nos alegrar com sua gentileza impregnada no seu Swing, na poesia singular de suas canções, na sua voz suave e gostosa de se ouvir.


RIP, Luiz Melodia!


3 de ago. de 2017

À MODA DA CASA

TEMER, JULGAMENTO DE TEMER, CONGRESSO NACIONAL, STF, BRASIL EM CRISE, POLÍTICA, PIZZA, À MODA DA CASA, FORNALHA, INFERNO, PURGATÓRIO.
Apesar de o primeiro round ter acabado em pizza, o mandato de Temer, e ele mesmo, continuam ardendo na fornalha.

Foto: Pixabay Public Domain
Sob as bençãos da maioria de votos necessários e da inércia de um povo que só se manifesta nas pesquisas, Michel Temer conseguiu escapar do inferno de ser julgado pelo STF, embora ainda vá ter que suar no calor da caldeirinha.

Faltaram empenho e vontade da população, disposição e disponibilidade dos opositores em convencer o país, a turma do vale tudo e eles mesmos da necessidade e da urgência de se inviabilizar um presidente que negociou sua absolvição à custa do dinheiro público e de relações promíscuas com seus aliados.

No atacado e no varejo, em plena luz do dia e não mais na penumbra do Jaburu, a olhos nus e ouvidos atentos, em alto e bom som e não aos cochichos e sussurros palacianos, Temer comprou sua salvação, conseguiu intento e segue rifando o Brasil.

Contudo, não sai, como esperava, tão fortalecido para o próximo combate em vias de ser anunciado por Rodrigo Janot.

Ficou claro que alguns Judas se arrependeram no meio do caminho. Porém, dificilmente devolverão as moedas com as quais foram comprados. Falta-lhes a consciência de cidadão, abunda-lhes a fraqueza de caráter.

Que no próximo round o povo se sinta encorajado e seja mais estimulado para que, a partir da gravidade das novas denúncias e da firmeza de quem realmente deseja ter de volta seu país, o resultado não acabe em pizza e o juízo final ocorra sem direito a repeteco nem misericórdia.