23 de mai. de 2016

DELAÇÃO AZARADA

Braço forte de Temer, Romero Jucá é desmascarado em áudio comprometedor que envolve STF, Aécio Neves e Renan Calheiros e revela os reais motivos do Impeachment de Dilma Rousseff

Romero Jucá; Lava Jato; Corrupção; Golpe; Temer
Romero Jucá foi pego em conversas reveladoras sobre Lava Jato e Impeachment
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

A ficha corrida do senador e ministro licenciado do governo interino de Michel Temer, Romero Jucá, ficou um pouco mais suja na manhã de hoje (23) depois que o jornal Folha de S. Paulo divulgou reportagem e trechos de conversas entre ele o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Ao falar abertamente sobre diversos assuntos e jogar no ventilador o lixo, até então escondido debaixo dos tapetes palacianos, e que levou ao afastamento interino de Dilma Rousseff, Jucá deixou um rastro de sujeira e falcatruas que vai dar diretamente no senador Aécio Neves, de quem disse “conhecer o esquema”.

O principal homem de Temer também envolveu o STF e os militares nos diálogos e lambuzou de vez a já manchada e manjada imagem do governo provisório de Michel Temer.

Jucá, que é a temeridade em pessoa e que já passou pelo PT e PSDB, agora notabiliza-se também como a cara e um dos caras do golpe.

Ao ser pego na gravação reveladora, Romero Jucá escancarou os pontos mal suturados pelos defensores vorazes do processo de impedimento de Dilma e, ao tentar estancar “a sangria que a Lava Jato se tornou”, provocou a primeira grande hemorragia do governo combalido de Temer.

Apontado com bom articulador, Jucá revelou-se um grande borra botas.

Muitas perguntas sugeridas pela conversa entreguista entre Jucá e seu comparsa de improbidades acabaram suscitando questionamentos e levantando dúvidas sobre a atuação de outros atores envolvidos na muvuca que se tornou política brasileira e exigem respostas.

Para quem achava que os articuladores do impedimento já tinham descido o bastante, a gravação divulgada hoje mostrou que o buraco é mais embaixo e ainda pode abrigar outros cadáveres políticos além de Eduardo Cunha, dado como morto por Jucá.

O fedor exalado pela podridão do governo do presidente interino Michel Temer evidencia o despreparo dele, a falta de caráter e incompetência de seus aliados em devolver a governabilidade ao país e em restabelecer a prometida e demagógica Ordem e Progresso.

Ao que parece, Romero Jucá, assim tal e qual a árvore de onde se origina o seu nome e que ao amadurecer produz um fruto escuro e chocalhante porque as sementes soltam no seu interior, parece ter apodrecido antes do tempo e minado um pouco mais a confiança no governo temporário de Michel Temer.
Local: SÃO PAULO São Paulo, São Paulo - SP, Brasil

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