10 de out. de 2017

EM QUEDA LIVRE

DORIA, ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, PREFEITURA DE SÃO PAULO, POLÍTICA, BRASIL
Índices de aprovação de João Dória caem e aumenta a sensação de abandono da cidade de São Paulo
Foto: Pixabay.com


A resposta à administração ausente de João Doria no comando de São Paulo não poderia ser diferente: veio de dentro de sua própria casa. Os paulistanos parecem ter acordado e começaram a decretar o fim de uma lua de mel mal curtida.

O descontentamento com o governo doriano aumentou juntamente com a sensação de abandono da cidade, segundo pesquisa DataFolha. 

Se os índices de ruim e péssimo (39%) forem somados aos de regular (31%) a desaprovação do prefeito tucano chega a 70%.

Atualmente, Doria, que segundo seus opositores, está mais para caixeiro viajante do que para prefeito da maior cidade da América Latina, em sua atuação como prefeito tem vendido São Paulo a toque de caixa.

O santo de casa João Doria confirmou o dito popular: não está fazendo milagres. Nem mesmo os que prometeu.

A cidade de São Paulo não está só abandonada, mas parada mesmo. De tão travada e sem atitude que se tornou, a administração Doria não se compara e passa longe de ser igual ou melhor do que a anterior.

Programas sociais continuados por Fernando Haddad foram reduzidos, como a distribuição gratuita de leite, uniformes e transporte para crianças.

Alguns projetos que também funcionaram bem na administração de Haddad foram eliminados, como os das extintas secretarias de Políticas para as Mulheres e a de Promoção e Igualdade Racial.

Outros tantos correm diariamente sério risco de serem banidos, principalmente nas periferias paulistanas.

Tudo isso sem falar na redução drástica de verbas para as áreas da saúde, educação e cultura e na sanha desmedida do prefeito por privatizar tudo o que pode, inclusive o que dá lucro para a cidade.

São Paulo, a locomotiva do Brasil, tem andado na velocidade de lesma dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Ações incorretas, midiáticas, fora de lugar e de contexto têm sido a marca de uma administração focada mais no marketing pessoal e na autopromoção política e menos nos interesses dos paulistanos.

Doria como gestor tem-se notabilizado como um político mediano, e vice-versa.

Ao largar São Paulo nas mãos da sorte e do azar, João Doria, que quer fazer da administração da cidade um trampolim para a presidência da República, se tornou o mau zelador de uma cidade abandonada por ele mesmo.

Restaram-lhe poucas alternativas: ou João Doria muda de estratégia e reassume o cargo que abandonou ou vai ser atropelado por sua ambição desmedida e acabará sufocado por seu ego inflado.

São Paulo, por si só, não pára. Nem perdoa.

Fica esperto, Brasil.