30 de set. de 2018

DIVA NACIONAL

DIVA NACIONAL, ANGELA MARIA, MPB, SAPOTI, CAUBY PEIXOTO, RAINHA DO RÁDIO
Voz rouca e marcante, Angela Maria foi referência e inspiração para várias cantoras.
Foto: Arquivo/Estadão Contéudo


A voz rouca e marcante de Angela Maria, ícone e inspiração para várias gerações de cantoras, silenciou ontem à noite, aos 89 anos, depois de 34 dias de internação em um hospital da capital paulista.

Presença marcante nos palcos brasileiros por mais de sete décadas seguidas, a Sapoti, apelido dado por Getúlio Vargas por conta da voz doce e do tom de sua pele, eternizou-se como uma das grandes Rainhas do Rádio.

Vinda de família protestante – o pai era pastor de uma igreja Batista – a fluminense de Macaé, Abelim Maria da Cunha, seu nome de batismo, foi tecelã e inspetora de lâmpadas antes de despontar para o sucesso em 1947, através do rádio.

Dos sambas-canção, passando pelas músicas românticas e de dor cotovelo, Angela conseguiu manter-se ativa e bem sucedida como cantora e intérprete. Dias antes de ser internada, continuava lotando casas de shows em todo o país.

Junto com Cauby Peixoto, amigo e parceiro de palcos, teve uma das carreiras mais admiradas, reconhecidas e longevas de todos os tempos.

Diva Nacional, Angela Maria sai de cena vitoriosa, pronta e iluminada para cantar na eternidade.

RIP, Angela Maria!

13 de set. de 2018

PASSE DE MÁGICA

PASSE DE MÁGICA
Candidatos insistem em fazer mágica, invés de Política.
Foto: Reprodução
Candidatos a cargos majoritários, senadores e a deputados em todo o país seguem jurando mentiras em suas campanhas e recorrendo ao vale tudo para se elegerem. 

Promessas inconciliáveis, fora de lugar e deslocadas da realidade ainda são apresentadas com a naturalidade de um vendedor de feira livre, mas no fundo não passam de exibicionismo fanfarrão.

Mentiras sinceras são ditas com tanta honestidade e comoção que são capazes de colocar arrependidos como Judas Iscariotes no bolso, deixar Paulo Maluf de cabelos em pé e causar inveja aos disseminadores de fake news.

Do mega empresário acostumado a andar de blindado e que do nada resolve utilizar o trenzão ao ex-governador truculento que sempre usou o cassetete, as balas de borracha e o spray de pimenta como forma de negociação, mas que, em um passe de mágica, passa a falar com jeitão zen, voz suave e tom conciliador, tem de tudo no festival de rimas fáceis.

Enquanto uns pintam a realidade com cores que ela não tem, outros exageram nos tons e nas tintas.

Prometer liberar o porte de armas de forma indiscriminada ou diminuir drasticamente a carga tributária quando essas ações dependem de leis aprovadas pelo Congresso Nacional são mentiras descaradas, balelas manjadas, conversa para boi dormir.

Cabe aos eleitores surfarem novamente nessa onda ou provarem a esses candidatos filhotes de contos da carochinha - ou que prometem resolver tudo no estalar de dedos - que estão em um patamar de consciência mais elevado.  

Afinal, a melhor maneira de se combater a esperteza ainda é utilizar a inteligência.  

Se liga, Brasil!