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Democracia representativa é vista com
negatividade e insatisfação
Foto: Pixabay.com
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A
eleição
democrática através do voto e a identificação partidária estão em baixa no
mundo, segundo estudo realizado pelo Pew Research Center, instituição norte-americana
que realiza estudos estatísticos que influenciam a sociedade e atuam sobre a
tomada de decisões políticas.
O levantamento
foi realizado em 35 países e apontou que em média 26% das nações não se
identificam com nenhum partido político enquanto que 17% se opõem à democracia
representativa.
Segundo o estudo,
a baixa filiação política ou adesão partidária têm contribuído para uma visão
desfavorável da democracia.
A América Latina
lidera e é a região que possui a maior rejeição à democracia efetivada através do
voto direto (33%) e onde a maioria da população (51%) não apóia nenhum partido
político.
O Chile foi o
país que registrou o maior índice de rejeição aos partidos políticos (78%) enquanto
que na Índia apenas 2% da nação não se identificam com nenhuma agremiação
partidária.
Brasil (33%) e
Peru (32%) são países em que o olhar sobre a representação democrática através
do voto é negativo, sendo que 60% da população não apóia nenhum partido
político, segundo o Pew Research.
Esses dados
confirmam levantamento realizado pelo Américas Barometer em 17 nações
latino-americanas. O estudo registrou que, em média, apenas 41% dos cidadãos
confiam nas eleições realizadas em seus paises e 67% crêem que mais da metade
ou todos os políticos são corruptos.
No Oriente Médio
e Norte da África as visões sobre a democracia e a necessidade de adesão
política variam.
Em média 16% dessas
regiões são desfavorecidas, sendo que na Jordânia 36% da população acredita que
a democracia é uma maneira ruim de se governar o país.
Nos países em que
a adesão partidária é maior, as opiniões sobre a democracia representativa é
mais positiva.
É o caso de
Europa, Israel e Índia, sendo que 98% dos indianos e 97% dos israelenses são
politicamente filiados. Nesses países, a opinião negativa da população sobre a
democracia registrou um índice de 9% em média.
O estudo não
apontou soluções para os problemas identificados, mas, como para um bom
entendedor meia palavra basta, os políticos sabem que precisam urgentemente abrir
mão de seus interesses pessoais.
Têm de parar de
fazer da democracia um trampolim para chegarem ao auge do poder e deixar de se
comportarem como predadores lutando para se firmarem no topo da cadeia
alimentar.
Caso isso não
ocorra, a democracia vai estar sempre ameaçada, em risco ou à espera de algum
aventureiro que a resgate da torre e a tome para si.
Gente se achando
o suprassumo da Quintessência e usurpadores de plantão é o que não falta.
O Brasil que o
diga.