15 de nov. de 2018

DEMOCRACIA: SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO


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Democracia representativa é vista com negatividade e insatisfação
Foto: Pixabay.com
A eleição democrática através do voto e a identificação partidária estão em baixa no mundo, segundo estudo realizado pelo Pew Research Center, instituição norte-americana que realiza estudos estatísticos que influenciam a sociedade e atuam sobre a tomada de decisões políticas.

O levantamento foi realizado em 35 países e apontou que em média 26% das nações não se identificam com nenhum partido político enquanto que 17% se opõem à democracia representativa.

Segundo o estudo, a baixa filiação política ou adesão partidária têm contribuído para  uma visão desfavorável da democracia.

A América Latina lidera e é a região que possui a maior rejeição à democracia efetivada através do voto direto (33%) e onde a maioria da população (51%) não apóia nenhum partido político.

O Chile foi o país que registrou o maior índice de rejeição aos partidos políticos (78%) enquanto que na Índia apenas 2% da nação não se identificam com nenhuma agremiação partidária.



Brasil (33%) e Peru (32%) são países em que o olhar sobre a representação democrática através do voto é negativo, sendo que 60% da população não apóia nenhum partido político, segundo o Pew Research.

Esses dados confirmam levantamento realizado pelo Américas Barometer em 17 nações latino-americanas. O estudo registrou que, em média, apenas 41% dos cidadãos confiam nas eleições realizadas em seus paises e 67% crêem que mais da metade ou todos os políticos são corruptos.

No Oriente Médio e Norte da África as visões sobre a democracia e a necessidade de adesão política variam.

Em média 16% dessas regiões são desfavorecidas, sendo que na Jordânia 36% da população acredita que a democracia é uma maneira ruim de se governar o país.

Nos países em que a adesão partidária é maior, as opiniões sobre a democracia representativa é mais positiva.

É o caso de Europa, Israel e Índia, sendo que 98% dos indianos e 97% dos israelenses são politicamente filiados. Nesses países, a opinião negativa da população sobre a democracia registrou um índice de 9% em média.



O estudo não apontou soluções para os problemas identificados, mas, como para um bom entendedor meia palavra basta, os políticos sabem que precisam urgentemente abrir mão de seus interesses pessoais.

Têm de parar de fazer da democracia um trampolim para chegarem ao auge do poder e deixar de se comportarem como predadores lutando para se firmarem no topo da cadeia alimentar.

Caso isso não ocorra, a democracia vai estar sempre ameaçada, em risco ou à espera de algum aventureiro que a resgate da torre e a tome para si.

Gente se achando o suprassumo da Quintessência e usurpadores de plantão é o que não falta.

O Brasil que o diga.

11 de nov. de 2018

SEPARAÇÃO À VISTA

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Fim do casamento tucano. Separação é questão de tempo.
Foto: Pixabay.com

As rachaduras provocadas pelo desempenho pífio nas eleições 2018 e o rapto do partido pelo governador eleito João Doria não deixam mais dúvidas: a formação original do PSDB está prestes a desabar.

Um encontro semana passada entre Alckmin e Doria não só afastou qualquer possibilidade de reunificação como também fortaleceu a ideia dos derrotados criarem um novo partido que resgate a originalidade do PSDB.


Conversas de bastidor indicam que tucanos descontentes e candidatos de outras legendas derrotadas no último pleito já estão articulando a criação do novo partido, a princípio também de orientação social democrata.

Os descontentes não descartam a possibilidade de agregar  no possível novo partido ideologias distintas que vão desde a do apresentador Luciano Huck a de Aldo Rebelo, ex-ministro de Lula e Dilma, segundo o jornal Valor Econômico.

Enquanto os tucanos derrotados internamente e externamente silenciam, a crise de infidelidade só aumenta e fortalece Doria que, mesmo não tendo a presidência do partido, age e atua com total liberalidade em relação aos ainda ministros de Michel Temer.

Apesar de tudo ainda há quem insista em não arredar pé nem abrir mão da legenda, como o ex-governador Alberto Goldman que jura de pés juntos que a ideia de separação é uma falácia, mas não nega haver um desconforto renitente provocado pelo refluxo da crise de infidelidade.

Por mais que peessedebistas históricos teimem em não aceitar, o PSDB original já era. A separação já não é mais um risco possível, mas uma realidade que salta a olhos nus.

Em meio a dúvidas, ditos e desmentidos, a única certeza é que sob o reinado de Doria o lema do partido não só está decidido, mas decretado e sacramentado: PSDB, ame-o ou deixe-o. 

Resta saber se ainda há chance da separação ser litigiosa ou se os tucanos também terão que brigar pelos despojos da batalha.



6 de nov. de 2018