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Foto: Reprodução/Universaljp.org |
As
últimas delações premidas da Lava Jato são provas da perversidade e do
mercantilismo selvagem do atual modelo de financiamento de campanhas eleitorais
no Brasil.
Ao
mesmo tempo que esse modelo sujo expõe a facilidade de se corromper, de aceitar
ser corrompido e de estimular a falcatrua, torna também financiados e
financiadores reféns dos seus quereres e das vontades do capitalismo algoz.
Os
tentáculos afiados do viciado e vicioso sistema de financiamento político
brasileiro não poupa ninguém, seja de esquerda de centro ou de direita.
Democratas,
republicanos, liberais ou socialista, todos parecem ter o rabo preso com os
esquemas avessos dos financiamentos partidários.
Reforma
política de verdade e para valer, nem pensar.
O
dinheiro ilegítimo oriundo das empresas que bancam os políticos brasileiros e
seus partidos fortalece o capital de tal modo que transforma homens públicos em
vermes parasitas.
Não
podemos, nem devemos sequer chamar as altas quantias que saem dos bolsos de
empresários, empreiteiros e afins de doações, mas de empréstimos.
Investimentos
que são prontamente cobrados com juros e correção monetária assim que o
derrière de seus financiados assenta as suntuosas cadeiras dos palácios e das
casas legislativas.
Financiar
campanhas políticas há muito tempo é o negócio mais rentável do Brasil.
Os
partidos deixaram de ser agremiações políticas e tornara-se empresas com ações
altamente rentáveis na bolsa de valores das disputas eleitorais.
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Foto: Reprodução |
Nesse
longa metragem digno de fazer inveja aos maiores chefes das máfias, os mocinhos
e os bandidos se confundem de tal modo que chega a ser quase impossível saber
quem é quem.
Na
ditadura sabíamos quem é o inimigo, hoje o inimigo pode ser qualquer um.
Contudo
ainda há entre eles quem se ache indignado com tudo que está acontecendo, como se
não soubesse de nada ou desconhecesse ou nunca tivesse usado as artimanhas
ardilosas do poder. Exemplo disso são alguns oposicionistas de carteirinha.
Puritanismo
hipócrita, santos do pau oco! Sepulcros caiados. Por fora bela viola, por
dentro…
Malandragem,
dá um tempo! Chega de oportunismo barato e nojento.
Mamar
nas tetas da vaca ninguém quer.
Vossas
senhorias não enganam mais ninguém, apesar da blindagem midiática da imprensa
hegemônica e de vossa insistência burra em subestimar a inteligência de
todos.
Diante
da realidade crua, das mentiras deslavadas e dos falsos arroubos moralistas e
moralizantes dos caras de paus abonados pela justiça seletiva de alguns juízes,
a dura constatação vem do filósofo popular Bezerra da Silva; “se gritar pega
ladrão, não fica um, meu irmão!
A
hora é de arregaçar as mangas, exigir e lutar por uma reforma política ampla,
irrestrita, verdadeira e desinfetante. Já!
Caso
contrário, malandro vai continuar malandro e mané vai continuar mané.
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