Tucanos
não se entendem em relação ao nome do candidato que disputará a Prefeitura
de São Paulo e partido fica dividido. Prévias podem ser o remédio amargo
para a crise
O PSDB
está, outra vez, longe de chegar a um consenso em relação ao nome que
concorrerá à eleição para a prefeitura de São Paulo em 2016.
Disputas internas e
egos inflados já colocam alguns integrantes do partido em pé de guerra.
A tal unidade
partidária passa longe do ninho tucano onde várias estrelas da sigla não se
bicam há algumas eleições.
Todos os nomes
interessados em disputar o cargo de prefeito mais concorrido do país - Andrea
Matarazzo, João Dória Júnior e Ricardo Tripoli - são desconhecidos por muitos
paulistanos, não têm carisma e carecem de representatividade e penetração nas
camadas populares.
José Serra, a eterna
opção coringa, aparece como a carta na manga e o coelho da cartola tucana, mas
já declarou que não tem interesse e, ao que tudo indica, nem disposição para
ser o nome que una o partido e uniformize as opiniões.
O objetivo de Serra é
a presidência da república, todos sabem. Entrar na disputa pela prefeitura da
cidade mais importante do país acaba sendo uma faca de dois gumes para ele.
Tanto pode ser um bom como um mal negócio.
Se aceita e é eleito
prefeito, mas resolve sair candidato a presidente da república em 2018, só vai
governar, outra vez, por dois anos, o que já foi alvo de crítica em outras
eleições.
Se consegue se eleger, ganha visibilidade como prefeito e pode fazer de sua atuação uma vitrine política nacional.
Se consegue se eleger, ganha visibilidade como prefeito e pode fazer de sua atuação uma vitrine política nacional.
Sem esquecer que sua
fama de namoradeiro já o fez flertar com o PMDB e o PPS. Agora ou vai ou desce.
Girando ao redor,
como insetos em volta da lâmpada, Geraldo Alckmin e Aécio Neves assistem em
silêncio as discussões tucanas.
Falta a Aécio,
enquanto presidente nacional do partido, uma postura mais enfática e a Alckmin,
enquanto governador, um posicionamento mais definido, embora ele já tenha
demonstrado certa simpatia pelo nome de João Dória Júnior.
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Foto: Valter Campanato /Agência Brasil (10/12/2015) Site Fotos Públicas
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Para apagar as
chamas, acalmar os ânimos e fazer com que todos voltem a fumar o cachimbo da
paz, Fernando Henrique Cardoso foi acionado.
Poupadas as devidas
diferenças entre ele, Serra e Alckmin, a intervenção do ex-presidente pode
promover o equilíbrio entre as partes.
Caso contrário, as
prévias, instrumento que evidenciaria o racha do partido em São Paulo, serão
inevitáveis.
Apesar do ano
político está apenas começando, definir o quanto antes quem será o candidato
tucano na disputa pela prefeitura de São Paulo é condição indispensável no jogo
eleitoral, já que demonstra força e unidade partidária.
Se a solução não for encontrada no curto prazo, a indefinição peessedebista pode-se complicar e virar um angu de caroço nada palatável, afinal, em panela que muito se mexe ou a comida sai salgada ou sai insossa.
Se a solução não for encontrada no curto prazo, a indefinição peessedebista pode-se complicar e virar um angu de caroço nada palatável, afinal, em panela que muito se mexe ou a comida sai salgada ou sai insossa.
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