29 de jan. de 2016

INIMIGO E SORRATEIRO


Foto: Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas (14/05/2015)

Ele tem nome estranho, mede 0,5 centímetros, é alvinegro e fã do calor dos trópicos. Enquanto o macho alimenta-se de frutas e vegetais adocicados, a fêmea é má e sanguinária.  Apesar de agir de forma silenciosa tem provocado a maior muvuca no Brasil e sua fama já está atravessando fronteiras. Seu nome é Aedes aegypti, um mosquito com poder três vezes maléfico.

Esse minúsculo gigante que tem posto medo em muita gente e que contaminou 1,6 milhão de brasileiros, matando mais de 130 mil em 2015, também é cheio de manhas e manias.

As fêmeas fatais preferem aplicar suas picadas anestésicas no começo da manhã e no final da tarde, escolhem as pernas, tornozelos e pés como seus alvos preferidos e costumam voar a uma altura de meio metro do solo.

Como se não bastasse ser tudo isso, o Aedes quase provoca uma crise política entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Castro, que, em um lapso de sinceridade, admitiu que estamos perdendo a luta para o Golias de voos rasantes, quase sucumbiu às picadas críticas sobre sua atuação no Ministério da Saúde e, por um fio, não teve sua cabeça posta a prêmio.

Diante da gravidade dos casos de contaminação já constatados e dos inúmeros ainda suspeitos cada um tem que fazer sua parte. 

Embora os governos federal, estadual e municipal não possam negar que falharam e até subestimaram a força do mosquitinho, a hora é de somar e unir esforços para que o Aedes não se multiplique.

Afora os trocadilhos, o fato é que o mosquito da Dengue, Chikungunya e mais recentemente Zika vírus, precisa da ação de todos para ser derrotado. 

O momento não é de apontar culpados pelo descontrole ao qual chegamos, mas de nos colocarmos um a um como responsáveis pelo impedimento da proliferação do Aedes daqui para a frente.

A guerra contra o Aedes aegypti precisa de ações mais coletivas e imediatamente contundentes, afinal, na cartilha das grandes lutas e revoluções, para que o todo funcione cada um tem que fazer sua parte.  

Nessa guerra, VOCÊ é insubstituível.

Se os governos erraram por descuido ou subestimação, (e erraram) nós não podemos pecar por omissão nem desleixo. Vamos todos juntos contra o Aedes! 

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