26 de jan. de 2016

SEM LIMITES

Oposição não dará trégua à Dilma, promete investir em CPIs e 2016 poderá ser mais um ano politicamente perdido

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil (17/03/2015) Site Fotos Públicas

Janeiro está quase chegando ao fim, mas a sensação de que 2015 não acabou ainda paira pelo ar, pelo menos na política brasileira. As instabilidades na economia, as dúvidas em relação ao destino do processo de impeachment e os ecos da Investigação Lava a Jato continuam dando o tom dos discursos de governantes e oposicionistas, cada qual ao seu modo.

Contudo, 2016 promete que não será nada fácil para Dilma Rousseff, com ou sem impedimento. Os partidos de oposição, declaradamente PSDB, DEM e PPS, continuarão a ser um pedra no sapato da presidente.

A julgar pela intenções oposicionistas, 2015 não vai mesmo acabar e 2016 será uma continuação piorada do ano anterior. Movimentado sim, mas pouco produtivo, ainda mais em época de eleições municipais.

Reportagem publicada pelo O Estado de S. Paulo no último domingo (24/01) revelou que os principais partidos de oposição vêm que vêm que vêm com tudo, após o enfraquecimento político e moral de Eduardo Cunha e o balde de água fria que o STF (Supremo Tribunal Federal) impôs ao rito do impeachment.

Segundo o Estadão, a ordem dos opositores ao Governo Federal é desgastar ainda mais a já manchada imagem de Dilma e do PT através de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito). 

Ao afirmar que "vai colocar o pé no acelerador", a oposição assume um comportamento corrosivo e confirma que a intenção maléfica do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB – SP) de “fazer a presidente sangrar durante os quatro anos” pegou geral e tomou conta dos partidos.

Oposição é algo bom e necessário para o processo democrático. Incentiva o debate de ideias e promove a pluralidade de pensamentos, mas a oposição saudável, não a rancorosa e irresponsável, proposta pelo políticos contrários ao governo.

Ao adotarem um postura vingativa e de consequências desequilibradas, esses partidos demonstram que não são oposicionistas, mas anti Dilma, como se a presidente fosse a única razão de todos os males que assolam o país. 

Esquecem-se que em governos de coalizão, os desgovernos são responsabilidade de todos.

Investir em Comissões Parlamentares de Inquérito só atrasa ainda mais o Brasil e impede que o Congresso Nacional cumpra com sua obrigação ou dever legislativo. Promove o país ao status de burro empacado: não vai para frente nem para trás. Ou pior, empurra-o de vez barranco a baixo.

Ao Torcer e promover a desgraça do Governo Federal, oposicionistas inconsequentes continuam a investir e a desejar o pior para o país. Desrespeitam a democracia e prestam um desserviço ao povo brasileiro.

Com seu comportamento raivoso, a oposição brasileira desconsidera que a vingança é um prato que se como frio. Corre o sério risco de conquistar a antipatia da população, invés de garantir o seu apreço. Dá um basta no juízo da democracia. Planta ventos para colher tempestades.

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