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Robe
usado por Muhammad Ali em 1974
Foto:
Public.Resource.org, Domínio público, tirada em 03/11/2004
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Após
62 lutas, 57 vitórias – 37 por nocaute – e 5 derrotas nos ringues, ex-boxeador
e maior peso pesado da história do pugilismo, Muhammad Ali morreu ontem
(03/06), aos 74 anos, nos Estados Unidos, em decorrência de uma infecção
generalizada.
Depois de duelar por
32 anos contra o Mal de Parkinson, Ali deixou a vida para entrar
definitivamente no hall da história como The Greatest.
Campeão dentro e fora
dos ringues, Muhammad Ali nasceu Classius Marcellus Clay Jr. em um sábado de
inverno em Lousisville, cidade mais populosa do estado norte-americano de
Kentucky.
Descendente de
escravos, Ali descobriu aos 12 anos de idade, ao ter sua bicicleta furtada, que
não aceitar ser derrotado seria a maior vitória que poderia obter em vida.
Ao longo de sua
trajetória como boxer, Ali marcou a história da humanidade como símbolo de
resistência ao recusar combater na Guerra do Vietnã, tornando-se ícone do
esporte e cidadão do mundo.
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Muhammad Ali, The Greatest
Foto: Reprodução |
Crente de que o
impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca, que prefere viver
no mundo como ele está, ao invés de usar o poder que tem para muda-lo,
melhorá-lo, e de que o impossível não existe, que não é um fato, mas uma
opinião, Ali foi defensor perpétuo de causas humanitárias.
Viveu, sofreu,
combateu o bom combate e sobreviveu por suas convicções.
Era duro e implacável
quando se tratava de submissão, racismo e intolerância. Seus golpes rápidos e
precisos atingiam em cheio o preconceito, a alienação e o segregacionismo
soberbo dos que detinham o poder político e econômico.
Fora dos ringues,
suas atitudes eram certeiras; suas palavras, diretas e cortantes, como espada
de dois gumes.
“Aquele que vê o
mundo aos 50 anos da mesma forma que o via aos 20 anos, desperdiçou 30 anos de
sua vida”. “Campeões não são feitos em academias. Campeões são feitos de algo
que eles têm dentro de si – um desejo, um sonho, uma visão”, costumava dizer.
Com a certeza de que a força
de vontade deve ser mais intensa do que a habilidade, Muhammad Ali não recuava.
Mesmo odiando cada minuto dos treinos, dizia para si mesmo: não desista. Sofra
agora e viva o resto de sua vida como um vencedor.
Visionário que
concretizou seus sonhos, Ali assumiu riscos. Viveu e morreu como campeão.
Ele, suas lutas
e suas lições ficarão para sempre.
RIP, Muhammad Ali!
Texto primoroso. Ali inspirou esportistas de diversas modalidades, não apenas os de artes marciais.
ResponderExcluirÉ verdade, Vinícius. Ali soube valorizar a existência dele como ser humano e como profissional.
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