7 de out. de 2018

ENCRUZILHADA POLÍTICA

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Tão surpreendente quanto decepcionante, os resultados das Eleições 2018 colocaram o Brasil em uma encruzilhada política.
Foto: Pixabay.com

Os resultados da eleição para presidente da República colocaram o Brasil em uma nova encruzilhada política: a velha polarização partidária entre PT e PSDB ruiu e deu lugar à radicalização ideológica sem direito a terceira via.

Dia 28 de outubro o brasileiro não tem saída: vai ter de decidir se vota a favor da democracia ou se elege o autoritarismo.

A disputa entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno abre espaço para forças inconciliáveis que vão do extremismo político ao fundamentalismo religioso.

Na quebra de braço entre a extrema direita e a esquerda inflamada, Fernando Haddad leva vantagem sobre Jair Bolsonaro por conta de sua experiência administrativa e seu discurso conciliador, mas pode ser prejudicado pela truculência contaminadora de Bolsonaro personificada na mitificação apaixonada e raivosa de seus ardorosos eleitores.

Por sua vez, não ter ido para o segundo turno deixou Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva visivelmente decepcionados e literalmente abatidos.

A decepção de Ciro, em particular, decorre do fato dele realmente quase ter chegado lá. Candidato por três vezes a presidente da República, Ciro Gomes foi a terceira via que não se concretizou.

Ciro só não chegou lá porque no meio do caminho tinha Lula, tinha Lula no meio do caminho.

O desprezo e a admiração dos eleitores por Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva impediram Ciro, Alckmin ou Marina de chegar no segundo turno.

Pelo lado de Bolsonaro devido ao antipetismo fanático de seus seguidores.

Da parte de Haddad por causa do eterno reconhecimento dos eleitores petistas pelas conquistas alcançadas nos dois mandatos de Lula da Silva.

A gratidão dos eleitores menos favorecidos ao ex-presidente foi a pedra de tropeço de Ciro Gomes da mesma forma que a lealdade dos bolsonaristas e o incentivo ao antilulismo motivaram a desgraça de Alckmin e Marina, propagadores do antipetismo.

A partir de hoje começa uma nova eleição. A expectativa já aguça a imaginação dos brasileiros e os eleitores já estão curiosos em descobrir para que lado a balança dos partidos vai pender.

Espera-se que a enxurrada de fake news através das redes sociais e aplicativos de mensagens dê lugar à verdade e à informação com isenção e credibilidade.

Que a razão, o bom senso e a sobriedade façam a diferença no segundo turno para o bem de todos e a favor da democracia.

Contudo, nessa briga de cachorro grande uma coisa é certa: não existe democracia autoritária nem autoritarismo democrático.

Local: SÃO PAULO São Paulo, SP, Brasil

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