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Foto: Antônio
Cruz/Agência Brasil (28/04/2015) Fotos Públicas
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As
exigências feitas pelo PSDB para apoiar um possível governo Temer são no mínimo
indecentes. Mais do que tornar o talvez provável futuro presidente do Brasil em
um refém de seus interesses presidenciais maniqueístas, os tucanos querem
promover Temer de vice-presidente de fachada para presidente bibelô, o legítimo
vaquinha de presépio.
A
sanha peessedebista em voltar à presidência do país de forma indireta já se
tornou obsessão.
De
duas, uma: ou os tucanos querem ferrar o vice-presidente, inviabilizando seu
provável mandato presidencial antes mesmo dele acontecer, ou querem ser
dispensados por Temer, invés do próprio PSDB se dispensar por si só de um
provável governo peemedebista. De uma forma ou de outra, o tucanato dá sinais
claros que quer vencer Temer pelo cansaço.
De
negociata em negociata, o Brasil vai se notabilizando como uma República de
golpistas.
Ao
exigir que Michel Temer não concorra à reeleição em 2018 e impedir que o PMDB
lance candidatos próprios nas principais cidades do país nas eleições a
prefeito desse ano e na dos governos estaduais daqui há dois anos, os tucanos
querem algo inédito: fazer com que um partido se torne primeiro-ministro,
quando o natural é que um político o seja.
Agindo
assim, FHC, Aécio e companhia ilimitada governariam indiretamente o país e
anulariam as possíveis ações temerescas revanchistas e traiçoeiras. O PSDB
conhece bem sua presa, sabe que Michel de anjo só tem o nome e que apesar disso
não é nada confiável.
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Foto: ASCOM/VPR
(25/04/2016) Fotos Públicas
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A
propósito, as ideias de Temer não se realizam na pessoa do vice-presidente do
país, muito pelo contrário, são inviabilizadas pelo comportamento e pelas
atitudes questionáveis do atual presidente licenciado do PMDB.
Entre
quiproquós e trocadilhos, enquanto os pares não se entendem, pesquisa realizada
pelo Instituto Ibope Inteligência apontou que somente 14% dos brasileiros de
dizem satisfeitos com a democracia, 34% dizem estar poucos satisfeitos e 49%
nada satisfeitos.
A
desilusão da população com o atual quadro político não para por aí. Só 40%
afirmaram que a democracia é preferível a qualquer outra forma de governo, e o
que é pior, para 34% dá na mesma se um regime é democrático ou não.
Situação
preocupante, já que, de acordo com o estudo, o brasileiro demonstra que pouco
se importa com a possibilidade da existência de um regime autoritário.
Nessa
briga entre mocinhos e bandidos não vai ser difícil separar o joio do trigo,
posto que, nesse balaio que a política nacional se tornou, há excesso de joio e
escassez de trigo.
De
qualquer forma, acordos entre PSDB e PMDB devem ser registrados em cartório e
com firma reconhecida, afinal de contas, vai que...