![]() |
Índices de aprovação de João Dória caem e aumenta a sensação de abandono da cidade de São Paulo Foto: Pixabay.com |
A resposta à
administração ausente de João Doria no comando de São Paulo não poderia ser diferente: veio de dentro de
sua própria casa. Os paulistanos parecem ter acordado e começaram a decretar o
fim de uma lua de mel mal curtida.
O
descontentamento com o governo doriano aumentou juntamente
com a sensação de abandono da cidade, segundo pesquisa DataFolha.
Se os índices de ruim e péssimo (39%) forem somados aos de regular (31%) a desaprovação do prefeito tucano chega a 70%.
Se os índices de ruim e péssimo (39%) forem somados aos de regular (31%) a desaprovação do prefeito tucano chega a 70%.
Atualmente, Doria, que segundo seus opositores, está mais para caixeiro viajante do que para prefeito da maior cidade da
América Latina, em sua atuação como prefeito tem vendido São Paulo a
toque de caixa.
O santo de casa
João Doria confirmou o dito popular: não está fazendo milagres. Nem mesmo os
que prometeu.
A cidade de São
Paulo não está só abandonada, mas parada mesmo. De tão travada e sem atitude que se tornou, a administração Doria não se compara e passa longe de ser igual ou melhor do que a anterior.
Programas sociais
continuados por Fernando Haddad foram reduzidos, como a distribuição gratuita
de leite, uniformes e transporte para crianças.
Alguns projetos
que também funcionaram bem na administração de Haddad foram eliminados, como os das extintas secretarias de Políticas para as Mulheres e a de Promoção e Igualdade Racial.
Outros tantos
correm diariamente sério risco de serem banidos, principalmente nas
periferias paulistanas.
Tudo isso sem
falar na redução drástica de verbas para as áreas da saúde, educação e cultura
e na sanha desmedida do prefeito por privatizar tudo o que pode, inclusive o
que dá lucro para a cidade.
São Paulo, a
locomotiva do Brasil, tem andado na velocidade de lesma dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Ações incorretas,
midiáticas, fora de lugar e de contexto têm sido a marca de uma administração focada
mais no marketing pessoal e na autopromoção política e menos nos interesses dos paulistanos.
Doria como gestor
tem-se notabilizado como um político mediano, e vice-versa.
Ao largar São
Paulo nas mãos da sorte e do azar, João Doria, que quer fazer da administração
da cidade um trampolim para a presidência da República, se tornou o mau zelador
de uma cidade abandonada por ele mesmo.
Restaram-lhe
poucas alternativas: ou João Doria muda de estratégia e reassume o
cargo que abandonou ou vai ser atropelado por sua ambição desmedida e acabará sufocado por seu ego inflado.
São Paulo, por si
só, não pára. Nem perdoa.