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Combate às
reformas deve ter a mesma intensidade e interesse
Foto: Rovena
Rosa/Agência Brasil (15/03/2017)
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A Câmara dos Deputados abriu ontem (26) o caminho para que as perdas de
direitos e garantias trabalhistas sejam colocadas
em prática. A vitória foi parcial, já que a medida ainda precisa ser aprovada
no Senado.
O placar final – foram 296 votos a favor e 177 contra – confirma que o governo está
conseguindo aprovar suas medidas disfarçadas de modernização mais aos trancos do que aos
barrancos.
O resultado de ontem, ainda que aparentemente favorável a Michel Temer, também sinaliza que a aprovação da proposta de reforma da Previdência será mais difícil do que se imaginava a princípio.
O resultado de ontem, ainda que aparentemente favorável a Michel Temer, também sinaliza que a aprovação da proposta de reforma da Previdência será mais difícil do que se imaginava a princípio.
Contudo, Temer e
sua base de aliados insistem em seguir fortalecidos na contramão dos interesses
da população muito mais por descompasso dos movimentos sociais e por falta de
organização dos parlamentares oposicionistas.
Parlamentares da
oposição, Centrais sindicais e movimentos organizados não estão sabendo
aproveitar integralmente a onda de insatisfação geral da população, ao
contrário do governo que, explorando as brechas deixadas pelos dois lados, está
operando positivamente em favor de si.
Enquanto os
oposicionistas se fixam em expressar suas posições contrárias mais intensamente dentro dos
limites do Congresso Nacional, os movimentos sociais e sindicalistas investem
toda a força e atenção mais na reforma da Previdência, como se as perdas que irão
resultar da aprovação de uma fossem mais prejudiciais do que a da outra.
Ambas as reformas
são um assalto a mão armada à população. Desfavorecem, diminuem, empobrecem,
privam e exploram igualmente, logo, deveriam ser tratadas com a mesma
intensidade e interesse.
Ao que tudo
indica, a sugestão de acabar com a contribuição sindical obrigatória foi uma
ameaça que surtiu efeito nos sindicalistas.
Parlamentares de
oposição precisam fortalecer o seu discurso em uníssono com o da população,
caso contrário o governo vai continuar falando mais alto, empurrando goela
abaixo suas mazelas e saboreando o gosto de suas vitórias.
Os movimentos
sociais, os oposicionistas e os sindicalistas têm que ficar mais espertos e saberem
aproveitar o vácuo deixado pela situação, caso contrário, verão os vazios
provocados por seus vacilos serem preenchidos favoravelmente pelo governo e correrão
o risco de serem derrotados em embates futuros.
Em se tratando de
malandragem, qualquer vacilo pode ser fatal, afinal de contas, camarão que
dorme na praia a onda leva.
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