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Foto: Reprodução |
Desde
que aterrissou em Brasília há uma semana, o governo interino de Michel Temer já
deu amostras suficientes do jogo que pretende jogar, embora ainda não tenha
conseguido decolar de vez.
O
avião Temer, vendido como jato supersônico, na verdade está mais para
teco-teco.
O
presidente interino está perdido em meio aos desejos e artimanhas daqueles que
escolheu para lhe ajudar a “restabelecer a ordem e promover o progresso”, lema
de sua administração.
Temer
ainda se comporta como quem tem dúvidas se veio realmente para ficar. Está
vivendo seu day after de forma malsucedida e repleto de recusas. Só para o
cargo de secretário da Cultura recebeu cinco.
Sequer
consegue ser o mais do mesmo, como disseram que seria.
A
propósito, que equipe idônea e notável é essa a do presidente provisório! Além
de citados na Lava Jato, também há aqueles que respondem à acusações diversas
na justiça.
Um
exemplo deles é o Senhor das Sombras, José Serra, alvo de processo de reparação
de danos por improbidade administrativa, ou seja, por ação de deslealdade e
desonestidade.
Sem
falar em Romero Jucá, que responde a dois inquéritos, um deles, pasmem, por
crime de responsabilidade por suposto desvio de verbas federais, e outro por
falsidade ideológica.
E
a imprensa chapa branca e hegemônica continua fazendo o povo acreditar que a
corrupção acabou no Brasil. Plim plim pra você!
Temer faz jus ao título de presidente interino. Não age como mandatário de um país. É a própria interinidade em pessoa. Faz afirmações hoje para negá-las amanhã.
Sem
falar que é constantemente posto em xeque por conta das declarações nada
conciliadoras de seus subordinados. Tornou-se refém de suas escolhas seletivas
e excludentes.
Aliás,
o slogan de seu governo interino deveria ser Desordem e Retrocesso, já que anda
dando para trás. O temido e promissor governo Temer é absolutamente insipido ou
o que é pior, não ata, só desata.
Seus
aliados, além de já terem promovido o atraso político, insistem em querer
promover também o retrocesso econômico e social, revogando conquistas
fundamentais com intervenções e possíveis mudanças devastadoras no SUS,
suspensão de contratos do Fies, Prouni e Pronatec, extinção do Ministério da
Cultura, e por aí vai.
As
respostas que o presidente às avessas prometera dá ao mercado e à população
continuam mudas, enquanto as vozes quem vêm das ruas, cada vez mais fortes e
audíveis.
O
próprio mercado ainda não está totalmente seguro e demonstra fé vacilante em
relação às possíveis medidas econômicas de Henrique Meireles e companhia. Não
demorará muito para os empresários constatarem que compraram um alazão e
levaram um pangaré.
O
mais preocupante é que esse governo mal começou, nem de fato nem de direito.
Pelo
que tudo indica, o tempo vai continuar nublado na capital federal e as nuvens
que cobrem o Brasil tão densas e carregadas que, mesmo que consiga decolar, o
aviãozinho Temer corre o risco de perder de vez a rota do país ou de colidir em
pleno voo em sua guinada à direita.
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