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Donald Trunp, Presidente eleito dos EUA Foto: pixabay.com |
A
eleição de Donald Trump como presidente dos EUA, mas do que surpresa, causou
decepção. A possibilidade dele obter sucesso na corrida eleitoral sempre foi um
risco iminente, embora subestimado pela imprensa mundial.
A decepção ocorre pelo
fato de Trump ter sido eleito em um momento em que a humanidade necessita de
homens públicos que tenham valores contrários aos que ele faz questão de
demonstrar possuir.
Afirmei em outro artigo
e reafirmo agora: Trump é o que é.
Donald Trump não se
esconde atrás da máscara do politicamente correto, como fazem a maioria dos norte-americanos.
Talvez isso seja o que há de pior e o de melhor nele: sua sinceridade.
A sinceridade de
opiniões e as atitudes repletas de sentimentos baixos, mas deliberadamente
assumidos, ao mesmo tempo que incomoda e preocupa o mundo, dão a Trump coragem para
seguir em frente. Entretanto, da mesma forma que a sinceridade dele hoje é seu
sucesso, amanhã poderá ser seu fracasso.
Apesar de tudo, prefiro a sinceridade politicamente incorreta de Trump do que a falsidade travestida de
bom mocismo de hipócritas e golpistas.
Por outro lado,
considerando o atual contexto mundial, a realidade norte-americana e a dificuldade
do ser humano em eleger qual o melhor caminho seguir, os estadunidenses se
viram em um mato sem cachorro.
Se Trump é o sinônimo da
antipolítica e o antônimo da diplomacia, Hilary Clinton também não fica para trás. Não me parecia ser o
melhor, nem para o povo norte-americano nem para o mundo.
Hilary não é nenhum
exemplo de bom estadista nem o suprassumo da quintessência. As atitudes e decisões
que tomou durante o governo de Barack Obama falam por ela.
Na verdade, Hilary
representava a opção menos pior para os norte-americanos, mas também era um risco.
Pouco evidente, mas nem por isso menor.
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Donald Trump, Presidente eleito dos EUA Foto: pixabay.com |
Outrossim, a
política, lá é cá, tem-nos nos dado lições diárias, de modo que, ser eleito é
uma coisa, ter legitimidade é outra. O Brasil que o diga.
Entretanto, o discurso
nada diplomático e pouco conciliador de Trump ao dizer, depois de confirmada sua
vitória, que os EUA só vão se relacionar com quem quer se relacionar com eles,
demonstra pouco flexibilidade em dialogar, mas não lhe oferece alternativa: ou Trump
se insere na realidade do mundo ou vai ser anulado e engolido por ele.
Nesse caldeirão em constante
estado de ebulição, cheio de dúvidas e repleto de impermanência, a única certeza
aparente, pelo menos por enquanto, é que com Donald Trump o mundo viverá
uma longa jornada noite adentro.
Contudo, é esse mesmo
mundo que rejeita Donald Trump que terá pela frente o maior desafio: tentar convencê-lo a se tornar um ser humano melhor.
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