24 de abr. de 2017

QUESTÃO DE VIDA E MORTE

SUICÍDIO ENTRE JOVENS E ADOLESCENTES, JOVENS, AUTOCÍDIO, MAPA DA VIOLÊNCIA, BBC BRASIL, SISTEMA DE MORTALIDADE, MINISTÉRIO DA SAÚDE, BULLYING, VIOLÊNCIA SEXUAL E DOMÉSTICA, ADOLESCENTES, FAIXA ETÁRIA DE 15 A 29 ANOS.
Número de suicídios entre jovens e adolescentes  brasileiros cresceu 27,2% nos últimos 34 anos
Foto: Pixabay Public Domain


“Baleia Azul, jogo que aportou no Brasil na semana passada e tomou conta dos noticiários causando temor e perplexidade em pais e filhos, chamou a atenção para um assunto que ainda é tratado com reservas e sem profundidade em todo o mundo: o suicídio entre jovens e adolescentes.

Para investigar a extensão do Baleia azul e o principal prejuízo que ele pode causar, a BBC Brasil divulgou com exclusividade reportagem com números do Mapa da Violência 2017 sobre suicídios entre jovens e adolescentes brasileiros.

O estudo, realizado a partir de um levantamento feito anualmente pelo Sistema de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, apontou dados preocupantes em relação à quantidade de suicídios na faixa etária adolescente e à forma como eles ainda são desconsiderados no país.

De 1980 a 2014, a quantidade de suicídios envolvendo jovens e adolescentes de 15 a 29 anos por 100 mil habitantes cresceu 27,2%  Em números reais isso equivale a 2.898 casos.

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Número de jovens e adolescentes que se matam no Brasil cresce ano após ano
Foto: Pixabay Public Domain

Na população geral, o índice de suicídios chegou aos 60%, nos últimos 34 anos.

Segundo o ranking de suicídios divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa a oitava colocação em números de autocídios no mundo.

A taxa de suicídios entre os jovens brasileiros está em 4,5, bem abaixo dos 25 por 100 mil habitantes na Rússia, mas é crescente a cada ano no Brasil,de acordo com dados da OMS.

Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, depressão, abuso de drogas e álcool, bullying, violências sexuais e domésticas são os fatores mais associados ao suicídio entre jovens e adolescentes.

A competitividade exagerada, a não aceitação das diferenças de gênero, preconceito com a orientação sexual, a cor da pele e peso, também foram listados pelos estudiosos como fatores potenciais que favorecem o autocídio.

O acompanhamento quanto ao uso da internet, não como um monitoramento controlador, mas como uma preocupação amorosa, não foi supervalorizado nem subestimado pelos estudiosos.

Em entrevista  à BBC Brasil a  professora da Universidade Estadual do Rio de JaneiroUerj - e psicóloga, Mariana Bteshe afirmou que “é preciso que a família, mantendo a privacidade do jovem, busque uma forma de contato com ele e abra um espaço de diálogo”.

Enxergar os jovens como eles são, entender e respeitar suas transformações naturais e seu relacionamento com o mundo, juntamente com a interação social diária, presencial e contínua ainda são atitudes que podem melhorar e permitir o bom convívio com a galera jovem, ressaltam psicólogos e pedagogos.

Amor, acompanhamento e empatia é a fórmula elementar para prevenir desvios e tentar evitar que os jovens e adolescentes tomem decisões drásticas ou optem por atalhos fatais como o suicídio.

Quando colocada em prática, essa tríade não impedirá que a estrada que os jovens e adolescentes irão percorrer seja repleta de percalços nem a caminhada desafiadora, porém, permitirá que ela também seja prazerosa, responsável, livresem culpa e com menor número de interrupções abruptas, como deve ser a vida

Simples assim.

Local: SÃO PAULO São Paulo, SP, Brasil

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