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Ao estilo Drácula, governo tenta empurrar reforma da Previdência com requintes de crueldade Foto: Pixabay Public Domaim |
A pressão popular e a crescente
onda de insatisfação dos brasileiros vão encurralando cada vez mais o governo
Michel Temer e os parlamentares que apóiam e aprovam medidas vendidas como
modernizadoras, mas que na verdade são mais traiçoeiras do que areia movediça.
Cercado por todos
os lados e sentindo um provável racha na sua base de sustentação política, Temer
passou a utilizar justificativas controversas para defender as
propostas que sacrificam os mais pobres e penalizam os menos favorecidos.
Mesmo beneficiado
pelo silêncio sistemático dos “formadores de opinião” e isentado pela omissão
de dados e informações que confirmam o contínuo fraco desempenho da economia,
como a redução da massa salarial, a retração do consumo das famílias e a queda
vertiginosa da arrecadação federal, Temer tenta subverter o principio de
realidade ao se apresentar como a única alternativa viável e salvacionista.
O fato é que Michel
Temer está acuado, mais cego do que morcego e em rota de colisão com ele mesmo.
A desaprovação de
suas propostas não vem só do povo, mas também de entidades representativas como
a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação dos Bispos do Brasil
(CNBB).
A CNBB afirmou
que a PEC da Previdência escolhe o caminho da exclusão social.
A entidade convocou
os católicos para a luta e resistência, reforçando a afirmação do Papa
Francisco de que “sem trabalho e salário digno não há paz”.
Nesse cenário
draconiano preenchido por requintes de perversidade, o único discurso válido
para Temer, e no qual ele ainda pode se agarrar, é o do terrorismo psicológico:
“Se está ruim comigo, pior sem mim”.
Atrelar um
possível futuro econômico desfavorável à não aprovação da reforma da
Previdência, além de chupar o sangue do povo com canudinho, é irresponsável,
agir com má fé, condenar o país à inatividade econômica e à descrença mundial.
A velha e
recorrente tática de querer forçar a natureza do brasileiro subestimando seu
poder e sua inteligência é uma atitude ineficiente, ultrapassada e desesperada.
Ao pregar seu
discurso fatalista e comprometido com a precarização reformista, Temer usa a
pior arma na guerra da informação: a inverdade.
A inverdade é
subterrânea e sorrateira. Confunde, mascara, perturba e vem disfarçada de boas
intenções.
Se continuar jogando
o jogo desleal, Temer e seus parceiros correm o risco de serem derrotados hoje,
amanhã e em 2018.
É só uma questão
de tempo. E de resistência por parte do povo.