Ao
tentar constranger Dilma Rousseff deixando vazar, para muitos propositadamente,
sua carta desabafo na mídia, Temer expôs mais a ele mesmo do que a presidente.
Virou motivo de piada e pagou outra vez de traidor.
No
fundo do fundo, o vice-presidente estava querendo na verdade, como se diz no
popular, tirar o dele da reta. Esqueceu-se de que o mandato presidencial é de
ambos, logo, a responsabilidade é compartilhada.
Nas
entrelinhas, afirmou, sem declarar, que não sabia de nada, ou seja, usou a
velha e já manjada justificativa dos tolos e de quem tem culpa no cartório.
Ao
assumir o papel de vítima, Temer não fez outra coisa senão pagar com a mesma
moeda a traição que diz ter sofrido. Demonstrou-se totalmente não confiável.
Seus objetivos obscuros ficaram mais reluzentes do que ouro.
Quando
joga toda a responsabilidade do que está acontecendo no país nas costas da
presidente, Temer age, tal e qual Eduardo Cunha, de forma vingativa e
calculista.
Inverossímil.
Os argumentos de Cunha são tão firmes quanto geleia. Não se sustentam, não
cabem em si, são totalmente sem substância.
O
fato é que, tanto ele quanto Dilma, lutam pela mesma coisa: Poder. Ela para se
manter onde está, ele para chegar lá sem fazer nenhum esforço, sem ter que
passar pelo teste das urnas.
Temer
quer receber a presidência de mão beijada, da mesma forma que José Sarney, e
Itamar Franco, quando do impeachment de Collor. Sabe que dificilmente subirá a
rampa e receberá a faixa presidencial se não for através do oportunismo,
característica peculiar do seu partido.
Quer
garantir seu lugar ao sol, e na história, na maciota e sem correr riscos.
Político esperto, sabe que, em lagoa de piranhas, jacaré que dá bobeira vira
bolsa de madame.
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