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Andy Warhol artista multimídia provocativo
e inovador
Foto: Reprodução Pinterest
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Foi em um domingo, há exatos 30 anos, que Andrej Varhola Jr., popularmente
conhecido como Andy Warhol, morreu
em Nova Iorque, aos 58 anos, quando seu coração não
resistiu a uma arritmia cardíaca, um dia após ter-se submetido a cirurgia
de vesícula.
Inovador
e criativo, Warhol criticou o
consumismo e o poder, mas não deixou de retratá-los em suas obras.
De personalidade
forte e marcante, recusava a fama e se considerava uma pessoa profundamente
superficial.
Logo
após ter-se graduado em design, começou a trabalhar ainda jovem como ilustrador
de publicações importantes como Vogue,
Harper’s Bazar e The New Yorker e foi um dos fundadores
da revista Interview.
Do
garoto que sofria de uma doença que atingia o sistema nervoso e provocava espasmos
nas extremidades ao homem que, em pouco tempo, alcançou reconhecimento como
artista gráfico, Andy Warhol colecionou muitos prêmios.
Em
1952, fez sua primeira exposição individual em que exibiu
desenhos baseados na obra do escritor e roteirista Truman Capote.
A
partir de 1960 a vida pessoal e a carreira
profissional de Warhol passaram por um upgrade quando ele começou a incorporar conceitos
da publicidade em suas obras para retratar temas do cotidiano e artigos de
consumo.
Andy
Warhol reinventou a Pop Art,
movimento artístico que surgiu na Inglaterra
na década de 50 e que originalmente expunha a massificação da cultura popular capitalista.
Ele também foi um dos pioneiros
no uso da colagem, serigrafia e de materiais descartáveis, deixados de lado por outros artistas quando se
tratava de obras de arte.
Suas
criações eram reproduzidas em latas de sopas Campbell e nas garrafas da Coca-Cola.
As
cores vibrantes eram uma marca de seu trabalho e foram utilizadas para retratar
rostos de celebridades como Pelé, Marilyn Monroe, Lyz Taylor, Che Guevara,
Brigite Bardot, Mao, Elvis Presley, Michael Jackson, e obras de arte históricas
como a Mona Lisa.
Homossexual
assumido, mas casado com a televisão e o gravador, como afirmou certa vez, Warhol
era de esquerda e transitou pelo universo
underground experimental como artista multimídia.
Ao
longo da carreira fez afetos e desafetos.
Em
1968, Andy Warhol foi baleado com três
tiros por Valerie Solanas, ativista
feminista, mas sobreviveu depois de passar por uma cirurgia de cinco horas.
Empresariou
a Velvet Underground, banda nova-iorquina
de rock, mas saiu por conta de incompatibilidade com alguns músicos.
Warhol
atuou também como cineasta em mais
de 50 filmes, alguns deles com tempo
corrente superior a oito horas.
Ao
afirmar que no futuro todo mundo teria seus 15
minutos de fama, Warhol antecipou a visibilidade que as redes sociais promoveriam, segundo a
segundo, sem fronteiras, através da Internet,
30 anos após sua morte.
Por
sua história e por sua obra inovadora, Andy Warhol foi um artista
marcante.
Um
cara tímido, curioso e inquieto, mas que preferiu enxergar seu tempo com lentes
de aumento ao invés de ser atropelado por ele.
“Acho
que tenho uma interpretação muito livre de trabalho porque penso que estar vivo
já dá tanto trabalho que não queremos fazer mais nada”.
“A
arte suprema é o negócio”
“Um
artista é alguém que produz coisas de que as pessoas não têm necessidade, mas
que ele – por qualquer razão – pensa que seria uma boa ideia dá-las a elas”.
“Dizem
que o tempo muda as coisas, mas você é quem tem de mudá-las”.
“Deveria
haver um curso no primeiro grau de amor”.
“Espaço
vazio é espaço nunca desperdiçado”.
“As
atrações mais excitantes são entre dois opostos que nunca se encontram”.
“Até
mesmo as belezas podem ser pouco atraentes. Se você pega uma beleza na luz
errada na hora certa, esqueça”.
“As
fantasias das pessoas é que criam os problemas delas. Se você não tivesse
fantasias não teria problemas porque aceitaria o que viesse. Mas então você
nunca terá nada romântico, porque romantismo é encontrar fantasia em que não
tem”.
“Com
tudo mudando tão depressa não se tem chance de encontrar a imagem de sua
fantasia quando você está pronto para ela”.