28 de fev. de 2017

UNHA E CARNE

SMARTPHONES, PESQUISA GOOGLE, GOOGLE CONSUMER BAROMETER, BRASILEIROS E SMARTPHONES, TECNOLOGIA, COMPORTAMENTO, INTERNET, CONECTIVIDADE
Smartpone é o companheiro inseparável de 62% dos brasileiros
Foto: Pixabay Public Domain

O percentual de brasileiros que usam smartphones subiu de 14% em 2012 para 62% em 2016, segundo pesquisa internacional realizada pelo Google.

O estudo aplicado pelo Google Consumer Barometer, ferramenta que investiga comportamentos de consumidores em todo mundo, identificou também que 59% dos brasileiros usam o smartphone como meio mais recorrente para acessar a Internet.

O estudo apontou ainda que que 72% dos consumidores brasileiros começaram há fazer uso dos telefones inteligentes há mais de 12 meses.

Telefones celulares com tecnologia equivalentes a dos computadores, os smartphones já são considerados o braço direito das pessoas que estão online e são utilizados por homens e mulheres dos 14 aos 80 anos ou mais.

Em relação ao uso no dia a dia, 60% dos entrevistados do Brasil afirmaram que se usufruem dos smartphones como despertador, 64% para tirar fotos e fazer vídeos, 59% como principal relógio, 60% para ouvir música e 39% para se divertir com os jogos.

SMARTPHONES, PESQUISA GOOGLE, GOOGLE CONSUMER BAROMETER, BRASILEIROS E SMARTPHONES, TECNOLOGIA, COMPORTAMENTO, INTERNET, CONECTIVIDADE
Smartphone é o mil e uma utilidades do Brasileiro
Foto: Pixabay Public Domain
Ano após ano, o smartphone vem se tornando o maior companheiro dos internautas.

Semanalmente 65% dos usuários brasileiros de smartphones acessam religiosamente seus aparelhos para visitar redes sociais enquanto 50% assistem vídeos online e 44% acessam os motores de busca. Apenas 2% utilizam para a comprar produtos ou adquirir serviços, revelou o estudo global.

Os smartphones já viraram acessórios inseparáveis de seus utilizadores no Brasil e, até na hora em que assistem Tv, 86% dos entrevistados assumiram que não desgrudam de seus aparelhos celulares com acesso a Internet.

A pesquisa do Google Consumer Barometer também foi realizada em mais de 50 países da África, América, Ásia e Europa.

Foram ouvidos 1.000 pessoas em entrevistas presenciais e por telefone em cada país e efetuados 3.000 questionários online.

27 de fev. de 2017

CONFORME O FIGURINO

OSCAR 2017, HOLLYWOOD, ACADEMIA DE CINEMA, OSCAR, CINEMA, FILMES, MOONLIGHT, LA LA LAND
Apesar de gafe, Oscar 2017 transcorreu dentro do figurino
Foto: Pixabay Public Domain

Sob a luz de holofotes e dos olhares de milhões espectadores em todo o mundo, o drama Moonlight desbancou o musical La La Land, ontem, na entrega do Oscar 2017 e levou a estatueta de melhor filme.

A cerimônia, que foi marcada por um ato cometido involuntariamente pelo veterano Warren Beaty ao anunciar La La Land como o melhor filme do ano, frustrou as esperanças de quem torcia pelo musical que canta as estações, e as expectativas de quem acreditava que haveriam manifestações mais ostensivas de desafeto ao presidente norte-americano Donald Trump.

Entretanto, o momento mais político da cerimônia ocorreu com a leitura de uma carta-protesto enviada pelo iraniano Asghar Farhadi, diretor do longa “O apartamento”, vencedor de melhor filme estrangeiro.

Farhadi justificou sua ausência por consideração às pessoas de seu país e de outras nações desrespeitadas pela lei que proíbe a entrada nos EUA de imigrantes de sete nacionalidades.

As outras ações da noite soaram mais como atitudes de solidariedade às causas sociais e de apoio aos colegas de profissão do que discursos de oposição diretos e politicamente engajados.

Sem querer desconsiderar os méritos do longa, há quem acredite que a escolha de Moonlight como melhor filme foi uma forma da Academia reparar as críticas à ausência de negros nas indicações de 2016.

Facebook e Twiter foram novamente os canais mais utilizados pelos fãs em todo o mundo para expressarem suas satisfações, piadas e desapontamentos pelo ganhadores e perdedores na noite de premiação em que o drama superou o musical e o menor derrotou o maior, em termos de orçamento.

Moonlight custou apenas US$ 1,5 milhão e arrecadou em torno de US$ 30 milhões no ano passado enquanto que La La Land, orçado em US$ 30 milhões, faturou, até dezembro 2016, US$ 340,6 milhões

Discrição no vestir e cuidado no falar foram as marcas do Oscar 2017 que, afora a gafe inédita de Warren Beaty, teve o mesmo gosto adocicado de refrigerante diet das outras edições.

25 de fev. de 2017

DE GRÃO EM GRÃO...


ALCKMIN, TRANSPOSIÇÃO RIO SÃO FRANCISCO, ELEIÇÕES 2018, SABESP, VELHO CHICO, PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Geraldo Alckmin de olho na Presidência
Foto: Alexandre Carvalho/A2img Fotos Públicas 17/02/2017 

Geraldo Alckmin (PSDB) vem com tudo e não está prosa.

Aproveitando a má fase de Aécio Neves e José Serra, seus companheiros de partido que andam queimados por envolvimento em denúncias graves na Lava Jato, o governador de São Paulo, virtual candidato a presidente em 2018, andou visitando o Nordeste, na última semana, em ritmo de pré-campanha.

O tucano nega, porém o motivo da viagem que fez a Pernambuco revela suas intenções presidenciais: Alckmin foi acompanhar os trabalhos de transposição do Rio São Francisco.

Tudo porque o governo de São Paulo emprestou, "gentilmente e sem segundas intenções", moto-bombas, equipamentos pertencentes a Sabesp, empresa que possui a concessão dos serviços de saneamento básico paulista, para serem utilizados na aceleração dos trabalhos de integração do Rio Nilo Brasileiro.

A obra dos governos Lula e Dilma, foi duramente criticada pela oposição da época, mas agora, no governo de Michel Temer, se tornou a menina dos olhos do presidente e de políticos que têm domicilio eleitoral no Nordeste.

Como o representante do estado que dou os equipamentos para agilizarem os trabalhos da obras do rio mais importante do Nordeste, Alckmin tenta melhorar sua imagem na região.

Geraldo Alckmin quer com sua boa ação torna-se conhecido para ganhar o respeito, a gratidão e os votos de parte dos 12 milhões de habitantes dos 309 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte que serão beneficiados com a transposição do Velho Chico.
ALCKMIN, TRANSPOSIÇÃO RIO SÃO FRANCISCO, ELEIÇÕES 2018, SABESP, VELHO CHICO
Alckmin já viaja em ritmo de pré-campanha para presidente em 2018
Foto: Assessoria de Imprensa Governo de São Paulo
Alckmin, que é conhecido como um político que não dá ponto sem nó, ao poucos vai ganhando espaço e tentando ocupar o possível vácuo deixado pelos adversários de seu próprio partido que, pelo correr da correnteza, terão dificuldades em desaguar uma possível candidatura à Presidência em 2018

Não vai demorar muito e Geraldo Alckmin logo estará também de chapéu de couro, comendo a tradicional buchada de bode nordestina. 

Alckmin sabe que convencer os nordestinos de que sua candidatura é o melhor para o Brasil será um trabalho árduo e de formiguinha, mas é de grão em grão que o governador de São Paulo vai enchendo o papo.

24 de fev. de 2017

PRESENTE DE GREGO

PACOTE, JOSÉ YUNES, MICHEL TEMER, ELISEU PADILHA, PMDB, PROPINA.
O Pacote recebido por José Yunes seria dinheiro ou Objeto Não Identificado?
Foto: Pixabay Public Domain

Dois conhecidos veículos de comunicação deram um furo de reportagem hoje (24/02), considerando como uma bomba de alto poder de destruição as declarações feitas por José Yunes sobre o recebimento de um curioso pacote.

Yunes é amigo pessoal de Michel Temer, advogado de carreira e ex-assessor especial da Presidência da República.

José Yunes afirmou que serviu de mula para receber o suposto pacote a pedido de Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil.

O conteúdo do embrulho não foi revelado, mas, supõe-se, que era dinheiro vivo que, em forma de propina, seria usado como Caixa 2, beneficiando Temer e o PMDB.

Como indícios não são provas e todo acusado é inocente até que se prove o contrário, o furo de reportagem pode não surtir o efeito esperado por quem revelou o fato, já que, como não se sabe o que recheava a encomenda, ela poderia conter qualquer coisa, inclusive um Objeto Não Identificado.

PACOTE, JOSÉ YUNES, MICHEL TEMER, ELISEU PADILHA, PMDB, PROPINA.
Presente de Grego gera dúvida sobre suposta propina paga a pedido de Michel Temer
Foto: Pixabay Public Domain

Sabe o que isso significa? Nada. Sabe no que isso vai dar? Em nada, também.

Outra vez, vai ficar o dito pelo não dito. O jogo vai continuar empatado.

Ou alguém tem dúvida?

Na pior das hipóteses, Eliseu Padilha, que pediu licença para fazer uma cirurgia de retirada da próstata, vai assumir a responsabilidade pelo ocorrido, pedir demissão alegando problemas de saúde, e tudo vai continuar como Dantes no quartel de Abrantes.

Aliás, a doença anda tomando conta de ministros e parlamentares.

Problema de saúde virou desculpa para o alto escalão do governo.

Ontem foi José Serra, hoje Padilha.

Eunício Oliveirapresidente do Senadofoi outro que também fez cirurgia.

O senador peemedebista extraiu a vesícula, órgão responsável pela bile, substância de sabor amargo produzida pelo fígado para digerir a gordura dos alimentos.

Deve estar sendo mesmo muito difícil para o presidente do Senado engolir e digerir tudo o que aconteceu com o partido dele nos últimos dias.

Sabe-se lá quem será o próximo operado, amanhã.

Voltando às declarações de José Yunes, tudo tempo perdido. 

Tá tudo dominado. Museu de grandes novidades. Jogo jogado. 

Como estamos em época de carnaval, até quarta-feira tudo já virou cinzas.

embrulho não vai passar de um mero imbróglio e o conteúdo do pacote dificilmente vai ser verdadeiramente revelado, afinal de contas, papai não quer, mamãe não deixa. 

LENTOS E SORRATEIROS


DEPRESSÃO, TRANSTORNOS MENTAIS, OMS, SUICÍDIOS, TOC
Casos de depressão e transtornos mentais já atingem 584 milhões de pessoas no mundo.
Foto: Pixabay Public Domain

Os brasileiros são a população com o maior índice de depressão na América LatinaSegundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a taxa de homens e mulheres afetados por essa doença no Brasil chegou a 5,8%.  Cuba com 5,5%, Paraguai com 5,2%, Chile e Uruguai com 5%, vêm na seqüência.

O Brasil também lidera as estatísticas em número de ansiosos e 9,3% das pessoas têm algum tipo de transtornos de ansiedade, índice três vezes superior à média mundial. 

Os paraguaios com 7,6%, chilenos com 6,5% e uruguaios com 6,4% são os outros povos cujo os percentuais também são elevados.

Doença silenciosa que não expõe seus sinais aos olhos nus, a depressão é um problema mundial de saúde pública  que atinge principalmente o sexo femininoEstima-se que 5,1% da população de mulheres sejam afetadas por esse mal em todo mundo. Entre os homens, a taxa é de 3,6%.

Em números exatos, os casos de depressão atingiram o patamar de 320 milhões, crescimento de 18% nos últimos dez anos, segundo a OMS, o que corresponde a 4,4% da população total do planeta.

Os casos de transtornos de ansiedade não ficam para trás.

A quantidade de pessoas portadoras de perturbações mentais aumentou 15% nos últimos 12 anos e o problema já atinge 264 milhões de cidadãos no mundo. Os prejuízos não são só psicológicos, mas financeiros e sociais também.

A OMS estima que cerca de 7,5% de pessoas ficam incapacitadas por conta da depressão, responsável também por 800 mil casos de suicídios por ano. Os prejuízos financeiros provocados pelos transtornos mentais representam perdas de U$ 1 trilhão anuais em todo o mundo. 

A OMS avalia que até 2030 a depressão será o mal que mais prevalecerá no planeta, superando os casos de câncer e de doenças infecciosas.

23 de fev. de 2017

BAMBU OU JUCÁ?

JOSE SERRA, MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES, EXTERIORES, DEMISSÃO DE SERRA, MICHEL TEMER, TEMER, ITAMARATI, POLÍTICA, BRASIL
Serra e Temer: Bambu ou Juca?
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil (23/06/2016)

A saída de José Serra do Ministério das Relações Exteriores, ao mesmo tempo em que provoca desconforto no governo, cria também oportunidades para o presidente Michel Temer e indecisão política para o ex-ministro tucano.

O incômodo se dá pelo fato de que saídas voluntárias ou quedas de ministros nunca pegam bem para nenhum governo, já que abrem espaço para especulações em torno dos reais motivos que resultaram no desligamento do ocupante da pasta.

No caso do governo Temer, a  oportunidade ocorre porque a desistência de Serra em permanecer como chanceler faculta ao presidente a possibilidade de fazer uma escolha técnica e não política no que diz respeito ao novo nome que vai assumir o comando do Itamarati.

Entretanto, o que é oportunidade pode ser dúvida e gerar dilema: o melhor é escolher para o cargo um diplomata de carreira, alguém que possua conhecimento prático, ou um político que, mesmo não tendo a formação exigida, seja um legítimo representante dos ideais presidenciais e um fiel defensor de sua excelência, o presidente?

Afora as controvérsias, o fato é que José Serra a frente do Ministério das Relações Exteriores não estava sendo nenhuma coisa nem outra.

Serra não é diplomata nem estava à vontade no cargo que ocupava e, por mais que não expressasse isso verbalmente, deixava claro em suas atitudes e decisões desconforto e certa falta de tato para o cargo.

José Serra como chanceler foi uma escola política de Temer. Um gesto instintivo de reconhecimento.

Foi a maneira mais imediata, embora não a melhor, que o presidente escolheu para agradecer e recompensar o apoio dado pelo tucano ao seu nome como substituto de Dilma Rousseff.

Serra foi um dos políticos que articularam o apoio e o aval dos empresários a Michel Temer, mas em nenhum momento demonstrou disposição ou interesse pela pasta para qual foi recompensado e que ocupou até ontem, nem paixão por quem o colocou lá.

Com a saída de José Serra das Relações Exteriores, Michel Temer tem também a ocasião de devolver ao Ministério a importância e o reconhecimento estratégico dados por FHC e Lula quando ocuparam a presidência da república, mas que se enfraqueceu no governo Dilma e foi praticamente extinto no atual governo.

O Ministério das Relações Exteriores é estratégico para qualquer país. É ele quem dá vez e voz ao presidente lá fora e quem fomenta e direciona a política externa estabelecendo novos laços e fortalecendo os já existentes. Durante o governo Temer, o Ministério das Relações Exteriores tem sido uma mera formalidade.

Temer tem, portanto, não só o momento certo para corrigir um erro de estratégia e de fortalecer um relacionamento internacional que se perdeu nos últimos dois anos, mas igualmente a chance de melhorar sua imagem que anda queimada lá fora, pelo menos diante dos jornalistas e formadores de opinião da América Latina.

Será esse um dos motivos que levaram Serra a deixar as Relações exteriores? (Clique aqui e leia o artigo Lá e Cá sobre a pesquisa da Ipsos com os índices de e aprovação de Temer e 11 presidentes latino-americanos).

No que diz respeito ao futuro político de Serra, o que se sabe, por enquanto, é que ele deve voltar para o Senado, o que não lhe basta nem lhe é suficiente, considerando sua inegável e eterna pretensão presidencial.

De qualquer forma, as especulações e apostas estão abertas.

Contudo, o destino do tucano vai depender de sua disposição em convencer o PSDB a lançá-lo como candidato do partido ao Planalto, do rumo que vão tomar as denúncias que pesam sob ele na Lava Jato em relação à acusação de favorecimento de R$ 23 milhões, recebidos como caixa 2 da Odebrecht, e de sua já conhecida insistência política.

O fato é que Serra já não depende mais tão somente dele para chegar ao Palácio do Planalto.

Resta saber se o problema na coluna que o afastou do Ministério das Relações Exteriores o tornou mais flexível e maleável como o bambu ou se o deixou mais duro, denso e resistente como o Jucá.

As respostas logo virão, afinal, tratando-se de José Serra, nada é surpreendente e tudo é uma questão de pouco tempo.

22 de fev. de 2017

ÍCONE UNDERGROUND



Resultado de imagem para andy warhol
Andy Warhol artista multimídia provocativo e inovador
Foto: Reprodução Pinterest

Foi em um domingo, 
há exatos 30 anos, que Andrej Varhola Jr., popularmente conhecido como Andy Warhol, morreu em Nova Iorque, aos 58 anos, quando seu coração não resistiu a uma arritmia cardíaca, um dia após ter-se submetido a cirurgia de vesícula.

Inovador e criativo, Warhol criticou o consumismo e o poder, mas não deixou de retratá-los em suas obras. 

De personalidade forte e marcante, recusava a fama e se considerava uma pessoa profundamente superficial.

Logo após ter-se graduado em design, começou a trabalhar ainda jovem como ilustrador de publicações importantes como Vogue, Harper’s Bazar e The New Yorker e foi um dos fundadores da revista Interview.

Do garoto que sofria de uma doença que atingia o sistema nervoso e provocava espasmos nas extremidades ao homem que, em pouco tempo, alcançou reconhecimento como artista gráfico, Andy Warhol colecionou muitos prêmios.

Em 1952, fez sua primeira exposição individual em que exibiu desenhos baseados na obra do escritor e roteirista Truman Capote.

A partir de 1960 a vida pessoal e a carreira profissional de Warhol passaram por um upgrade quando ele começou a incorporar conceitos da publicidade em suas obras para retratar temas do cotidiano e artigos de consumo.

Andy Warhol reinventou a Pop Art, movimento artístico que surgiu na Inglaterra na década de 50 e que originalmente expunha a massificação da cultura popular capitalista.  

Ele também foi um dos pioneiros no uso da colagem, serigrafia e de materiais descartáveis, deixados de lado por outros artistas quando se tratava de obras de arte.

Suas criações eram reproduzidas em latas de sopas Campbell e nas garrafas da Coca-Cola.

As cores vibrantes eram uma marca de seu trabalho e foram utilizadas para retratar rostos de celebridades como Pelé, Marilyn Monroe, Lyz Taylor, Che Guevara, Brigite Bardot, Mao, Elvis Presley, Michael Jackson, e obras de arte históricas como a Mona Lisa.

Homossexual assumido, mas casado com a televisão e o gravador, como afirmou certa vez, Warhol era de esquerda e transitou pelo universo underground experimental como artista multimídia.

Ao longo da carreira fez afetos e desafetos.

Em 1968, Andy Warhol foi baleado com três tiros por Valerie Solanas, ativista feminista, mas sobreviveu depois de passar por uma cirurgia de cinco horas.

Empresariou a Velvet Underground, banda nova-iorquina de rock, mas saiu por conta de incompatibilidade com alguns músicos.

Warhol atuou também como cineasta em mais de 50 filmes, alguns deles com tempo corrente superior a oito horas.

Ao afirmar que no futuro todo mundo teria seus 15 minutos de fama, Warhol antecipou a visibilidade que as redes sociais promoveriam, segundo a segundo, sem fronteiras, através da Internet, 30 anos após sua morte.

Por sua história e por sua obra inovadora, Andy Warhol foi um artista marcante.

Um cara tímido, curioso e inquieto, mas que preferiu enxergar seu tempo com lentes de aumento ao invés de ser atropelado por ele.

FRASES

“Acho que tenho uma interpretação muito livre de trabalho porque penso que estar vivo já dá tanto trabalho que não queremos fazer mais nada”.

“A arte suprema é o negócio”

“Um artista é alguém que produz coisas de que as pessoas não têm necessidade, mas que ele – por qualquer razão – pensa que seria uma boa ideia dá-las a elas”.

“Dizem que o tempo muda as coisas, mas você é quem tem de mudá-las”.

“Deveria haver um curso no primeiro grau de amor”.

“Espaço vazio é espaço nunca desperdiçado”.

“As atrações mais excitantes são entre dois opostos que nunca se encontram”.

“Até mesmo as belezas podem ser pouco atraentes. Se você pega uma beleza na luz errada na hora certa, esqueça”.

“As fantasias das pessoas é que criam os problemas delas. Se você não tivesse fantasias não teria problemas porque aceitaria o que viesse. Mas então você nunca terá nada romântico, porque romantismo é encontrar fantasia em que não tem”.

“Com tudo mudando tão depressa não se tem chance de encontrar a imagem de sua fantasia quando você está pronto para ela”. 

ESTADO EM ALERTA

Altos índices de violência, aumento de roubos a bancos e constantes ataques a caixas eletrônicos em Pernambuco levaram um grupo de deputados da Assembléia Legislativa (Alepe) a encaminhar ao governador Paulo Câmara (PSB) ofícios em caráter de urgência solicitando o envio da Força Nacional ao estado para garantir a segurança durante o carnaval.

A gota d’água foi o assalto realizado ontem (21) a uma empresa de transporte de valores na região oeste do Recife

Rajadas de metralhadoras seguidas de explosões deixaram moradores em pânico durante a madrugada.

Segundo dados da Secretaria de Defesa Social (SDS) durante o mês de janeiro foram registrados 479 homicídios em todo o estado, incluído o assassinato de um bebê de 1 ano e 2 meses.

O número de estupros contra mulheres também alcançou índices preocupantes e já foram contabilizados 148 casos somente no primeiro mês do ano.

Outros tipos de crimes que vêm se tornando freqüentes são os realizados contra o patrimônio público, extorsão mediante sequestro e roubos com privação de liberdade. Eles totalizaram 10.691 ocorrências ao longo de janeiro. 

Só na Região Metropolitana do Recife as ocorrências ultrapassaram 3.700 registros no mesmo período do ano.

A população de municípios importantes do interior pernambucano, como Caruaru, Carpina e Santa Cruz do Capibaribe, também tem sofrido com a rotina de medo, insegurança, mortes e roubos. Juntas, as três cidades registraram mais de 900 crimes contra o patrimônio público desde o começo de 2017.

O governador Paulo Câmara (PSB) resiste em solicitar o envio de tropas da Segurança Nacional e Forças Armadas, e já entrou em rota de colisão com integrantes da oposição que reclamam da demora dele em tomar atitudes emergenciais e objetivas.

A insatisfação dos policiais militares com o valor dos salários recebidos torna a situação mais vulnerável e aumenta o clima de insegurança, principalmente às vésperas do carnaval.

Pernambuco sofre com o desemprego. 

O estado foi um dos que mais perderam postos de trabalho em 2016 quando foram registradas 48 mil vagas a menos. 

A expectativa é que a taxa de desemprego no estado se mantenha em torno de 10% ao longo de 2017.

21 de fev. de 2017

ESGOTO BRASIL


Saneamento Básico, Esgoto, SNIS, Trata Brasil, Meio Ambiente, Água tratada, Esgoto Brasil, Lei de Saneamento Básico
Foto: Reprodução
Um dos maiores problemas de interesse social, a falta de saneamento básico em boa parte dos mais de 5.500 municípios brasileiros expõe situações de desrespeito à saúde pública e revela as diferenças de tratamento dado aos milhares de cidadãos nas cinco regiões do país.

insuficiência de investimentos e ausência de acompanhamento regular direto comprovam que saneamento público e tratamento adequado de água e esgotos ainda não são prioridade por parte dos governantes brasileiros, favorecendo o surgimento de novas valas a céu aberto onde dejetos correm livremente.

Dados divulgados recentemente pelo Instituto Trata Brasil, organização de interesse público que trabalha para que o saneamento básico seja garantido a todos os cidadãos, revelaram que metade da população brasileira ainda continua sem acesso a um sistema de tratamento de água e esgoto adequado e respeitoso.

O estudo apontou que mais de 100 milhões de cidadãos ainda utilizam procedimentos improvisados e inadequados para descarte de dejetos, muitos deles depositando essas substâncias altamente nocivas e poluentes diretamente nos rios e córregos.

Em 2007 quando a Lei de Saneamento Básico finalmente foi criada, somente 42% dos brasileiros eram atendidos por rede de esgoto e 80,9% eram beneficiados com abastecimento de água.

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Fonte: Instituto Trata Brasil

Passados 10 anos, os avanços foram mínimos e insuficientes e os índices evoluíram apenas 8,3%.

Em estados da região Norte menos de 50% da população é abastecida com água tratada e 7,4% possuem rede de esgoto. 

No Amapá esse índice é ainda absurdamente irresponsável. Lá, apenas 34% dos habitantes são abastecidos por água limpa e 3,8% possuem esgotamento sanitário.

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Fonte: Instituto Trata Brasil
Em nosso país, a falta de saneamento básico e de água tratada são sinônimos de desigualdade social gritante. Desmascaram e aprofundam o oceano de desrespeito à dignidade e à pessoa humana.

A teimosia dos governantes em tratar o problema como política de governo, invés de política de estado, subtrai e segrega.

No país em que as misérias e flagelos sociais não são eliminados, mas remediados, a falta de tratamento sanitário básico é um fosso aberto para o (re)surgimento de doenças, para o agravamento de transtornos ambientais e o aumento de prejuízos econômicos.

O Estado brasileiro se contradiz e cria um ambiente acolhedor para a proliferação de moléstias que ele mesmo diz está trabalhando incansavelmente para eliminar.

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Fontes: Instituto Trata Brasil e SNIS
A desumanidade, a falta de propósito e a inabilidade dos governantes com questões tão básicas são a constatação mais óbvia da incompetência e falta de comprometimento de grande parte dos políticos brasileiros. 

Ao insistirem em fazer vistas grossas e pregarem um discurso descolado da prática e da realidade, os homens públicos de fachada vão continuar condenando milhares de brasileiros à morte e fazendo com que o país permaneça boiando na imundície das fossas fétidas que a politicagem brasileira insiste em manter abertas aos olhos do mundo.


19 de fev. de 2017

LÁ E CÁ



Michel Temer está entre os três chefes de estado mais desaprovados por jornalistas e formadores de opinião da América Latina, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos

O índice de reprovação do presidente brasileiro é de 64%. O venezuelano Nicolás Maduro lidera o ranking com 91%, seguido do mexicano Enrique Penã Neto, com 67%.

Entre os governantes com maior aprovação, a liderança ficou com o Juan Manuel Santos, da Colômbia, aprovado por 74% dos entrevistados. O uruguaio Tabaré Vasques (70%) e o argentino Maurício Macri (64%) ocupam a segunda e terceira posições, respectivamente.

De acordo com Alfredo Torres, presidente da Ipsos Publics Affairs América Latina, as avaliações não são representativas das sociedades latino-americanas, mas refletem a análise de profissionais de renome que contribuem regularmente com seus pontos de vista nos principais meios de comunicação. “Cidadãos mais informados e influentes no que diz respeito à opinião pública”, afirmou.

Nessa segunda edição da pesquisa, realizada de 11 de novembro de 2016 a 23 de janeiro de 2017, 295 profissionais que atuam em 14 países, entre eles Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, e uma amostra representativa de países da América Central e Caribe, responderam como aprovam ou desaprovam a atuação de 11 presidentes.

Torres destacou como pontos interessantes as opiniões sobre a presidente chilena Michelle Bachelet, desprestigiada por 94% dos entrevistados em seu país, mas que teve aprovação nos demais países pesquisados, e os índices registrados em relação ao colombiano Juan Manuel Santos que, mesmo com a popularidade crescendo de 62% em 2015 para 74% em 2017, perdeu pontos entre seus compatriotas.