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Foto: Vicente Gilardi/Fotos Públicas (15/11/2015) |
Paris
começa a voltar ao normal quatro dias após o massacre que manchou de horror e
sangue ruas da cidade e resultou em pelo menos 130 mortos e mais de 350
feridos. O governo francês resolveu agir de uma forma mais contundente e tomou
medidas radicais em relação a defesa de seus territórios na possibilidade,
sempre iminente, de novos ataques.
Depois
do fracasso e da demora dos serviços de inteligência franceses em identificar
os responsáveis e evitar a carnificina que chocou o mundo, o presidente
François Hollande está isolado. Até agora só recebeu ajuda efetiva da Bélgica,
que também falhou em não identificar imediatamente terroristas infiltrados no
país e a potencial ameaça de atentado.
A
notícia de que o governo do Iraque havia avisado autoridades francesas dos
ataques um dia antes fortalece a ideia de que Hollande falhou e subestimou o
poder de ação do Estado islâmico.
O
Califado está cada vez mais organizado e articulado. A estratégia de recrutar
aliados dentro dos próprios países em que realizam seus ataques tem dado certo
e invalidado as ações da inteligência internacional.
A
máxima de que a melhor defesa é o ataque é ousada, mas no caso da França se
torna potencialmente arriscada porque o governo ainda não tem uma completa
noção de quantos terroristas franceses existem em seu território nem qual é a
medida exata do poder de fogo que esses fundamentalistas possuem.
Os
ataques colocam em risco a decisão dos países europeus em receber e abrigar
imigrantes fugidos da guerra civil síria. Muitas fronteiras já foram fechadas.
Não só os países da Zona do Euro que estão cautelosos em receber as multidões vindo da Síria. Os próprios imigrantes também já estão receosos em entrar na Europa.
Não só os países da Zona do Euro que estão cautelosos em receber as multidões vindo da Síria. Os próprios imigrantes também já estão receosos em entrar na Europa.
Parece
que o medo e o terror psicológico, objetivos claramente pretendidos pelo Estado
Islâmico, têm surtido efeito. Pelo menos por enquanto.
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