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Foto: José Cruz/Agência Brasil (17/11/2015)
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O PMDB
divulgou ontem (17/11) um documento intitulado de “Uma ponte para o Futuro”.
Nele, o partido não só apresenta as alternativas econômicas que adotaria no
caso de um possível impeachment da presidente Dilma, mas se coloca como sendo
“a alternativa” em substituição à Dilma e à sua política econômica.
Mais
do que o estudo e as ideias em si, chamou a atenção a forma e as circunstâncias
como as propostas foram apresentadas. Os peemedebistas aproveitaram a ausência
de Dilma (ela está participando do G20 na Turquia) e o momento presidente em
exercício de Michel Temer para botar, outra vez, as asinhas de fora.
Sui
generis. Coincidência? Nem um pouco, meu caro amigo cara pálida. Tudo aconteceu
de forma orquestrada e deliberada mesmo. Dividindo a regência da batuta estavam
Temer, Cunha, Renan, Sarney e companhia limitada. Aliás, o PMDB é um partido
jurássico. Somando as idades de todos que estavam presentes, regrediríamos até
a era da pedra.
O
PMDB é, no mínimo, curioso. Melhor: engraçado. Um partido que não se decide,
mas que insiste em ficar em cima do muro, mesmo quando decide sair de cima do
muro. É realmente um partido que não dá para acreditar nem levar a sério. É
Maria vai com as outras e ao mesmo tempo quer ser independente. É o avesso do
avesso do avesso do avesso, parafraseando Caetano Veloso.
Seus
integrantes parecem as personagens da peça teatral “As três irmãs”, do russo
Tchekhov. Querem ir embora, mas fazem de tudo para ficar. O partido Denorex,
aquele que parece, mas não é. O Si, pero no mucho!
Enquanto
os peemedebistas continuarem adotando o método morde, mas assopra e agindo
sorrateiramente, vai ser difícil acreditar neles e em qualquer proposta que
eles façam, mesmo ela parecendo ser a melhor possível.
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