19 de nov. de 2015

NON SENSE

Foto: Lula Marques/Agência PT (05/11/2015)

As atitudes de Eduardo Cunha para se manter no comando da Câmara são cada vez mais loucas e desesperadas. Dessa vez o peemedebista resolveu usar, ou melhor, abusar, do seu poder de presidente da Casa para impedir a reunião do Conselho de Ética.

Deve ter tomado Rivotril, no mínimo.

Parece uma atitude ousada, mas na verdade é cheia de arrogância e o tiro, além de sair pela culatra, pode ser fatal. 

O feitiço pode virar contra o feiticeiro e a atitude se tornar a gota que faltava para transbordar o copo d’água da impaciência que o Congresso Nacional vive em relação a permanência dele na Câmara.

Esse comportamento pode comprometer não só o próprio Cunha, mas também todos aqueles que por simpatia ou obediência resolvam aprovar mais uma de suas arbitrariedades. Obriga os parlamentares a tomarem uma posição mais clara e ostensiva em relação à situação deles.

Ao abrir a sessão do Plenário inviabilizando o funcionamento de comissões, Eduardo Cunha faltou com respeito e agiu como se ainda tivesse os plenos poderes que acreditava possuir antes.

Pode até ter o apoio de uma meia dúzia de gatos pingados que lhe são fieis, mas abre caminho para que os argumentos de quebra de decoro parlamentar sejam aceitos, além de incentivar a solicitação de uma ação judicial que pode tirá-lo definitivamente da linha de frente do Congresso.

Pelo visto, Cunha está precisando, urgentemente, de um choque de realidade.

Das duas, uma: ou perdeu de vez o senso, ou tem certeza que será absolvido das acusações que pesam sobre ele, livrando-se de uma punição mais rígida por parte do Conselho de Ética da Câmara.

De qualquer forma, atitudes que ultrapassam a lógica ou a razão muitas vezes resultam em consequências funestas. Será que ele também desconhece isso?
Local: SÃO PAULO São Paulo, São Paulo - SP, Brasil

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