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STF reunido: Jurisprudência do jeitinho brasileiro Foto: Agência Senado |
Na
luta pela sobreposição dos poderes, o Judiciário derrotou o Judiciário e
fortaleceu o Legislativo.
Ao arbitrar em favor da permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado, o Supremo Tribunal Federal pôs remendo de pano novo em roupa velha.
Ao arbitrar em favor da permanência de Renan Calheiros na presidência do Senado, o Supremo Tribunal Federal pôs remendo de pano novo em roupa velha.
O STF errou ao dar
uma solução institucional oportunista a um problema político. Atirou no próprio
pé, contradisse o discurso anticorrupção, expôs e enfraqueceu alguns de seus
ministros, comprometeu a figura do judiciário e favoreceu o vale tudo.
Invés de cumprir o
que ele próprio estabeleceu, o STF optou pelo jeitinho brasileiro, criando a jurisprudência
institucional do arrumadinho.
A decisão tomada ontem pelo Supremo permitiu que a Câmara e o Senado possam se deliciar à
vontade do self servisse nacional que virou a política brasileira, alimentando
a fome do Congresso em se tornar autoimune às investidas do Judiciário.
Um dia depois da
derrota dos Meritíssimos sobre eles mesmo, a imprensa já vazou a intenção da
Câmara e do Senado em articular a criação de uma emenda para blindar seus presidentes
de processos no STF. Porém, só em 2017, depois
que a poeira baixar, usando uma expressão calheristica.
Enquanto isso, imagens
fortemente divulgadas na mídia e virilizadas nas redes sociais escancaram outra vez a
falsa imparcialidade do Juiz Galã, aos risos, afagos e abraços com o, várias
vezes acusado, senador come quieto, em evento promovido por um veículo da
imprensa não menos imparcial.
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Aécio, Moro e Cia. Ilimitada: Amizade imparcial Foto: Reprodução |
A foto, além de
revelar relação de intimidade entre Morécio, é um retrato do que o Judiciário e
a Lava Jato se tornaram nos últimos tempos: instrumentos de favorecimento
diferenciado, em que iguais são tratados de forma desigual e dessemelhante.
Invés de admoestar, o
STF optou por passar a mão na cabeça de Renan Calheiros, retirando-lhe apenas o
direito de entrar na linha sucessória presidencial.
O Supremo agiu como quem
acredita que Renan reúne condições políticas e morais para ser presidente do
Brasil ou como quem estava convencido de que o desejo de Calheiros é a Presidência da
República.
Ser presidente do Brasil para
que, se no Senado ele tem a força e o poder que Temer não tem no comando país?
Vamos ter de engoli-lo,
sim. Não só esse ano. Em 2017, também, pois Renan sai fortalecido e legitimado
pelo STF para continuar à frente do Senado Federal também nos anos vindouros.
Veja: IstoÉ o Brasil
de nossa Época.
Plim Plim pra você!
Plim Plim pra você!
Já que vale tudo,
também vale juntar o Swing de Tim Maia com o bom humor e o molejo de Bezerra da Silva para cantarem a realidade política institucionalizada de nosso país e darem uma
desopilada no nosso fígado.
Liberou geral!
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