Senador Delcídio do
Amaral é pego pela Lava a Jato e envolve nomes de magistrados e políticos
em gravação sobre atitudes criminosas
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Foto: Geraldo Magela/Agência Senado (18/08/2015
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Segundo
os dicionários, suicídio significa ruína, desgraça procurada espontaneamente
ou por falta de juízo. Essa definição representa bem o que Delcidio do Amaral
(PT/MS) andava fazendo nos últimos dias: agindo irracionalmente, cavando sua
própria sepultura, tramando contra si mesmo e prejudicando alguns dos seus
pares.
A prisão
do senador na manhã da quarta-feira (25/11) caiu como uma bomba no Congresso
Nacional, pôs mais lenha na fogueira ardente da Operação Lava Jato e pode
significar o fim de sua carreira política.
Ao
contrário do que alguns possam pensar ou afirmar, a decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal) parece que não teve ares de caça às bruxas ou de inquisição. Foi
metódica e cuidadosamente avaliada. Tudo indica que está amplamente apoiada em provas.
Ao
subestimar a competência da Lava Jato, no mínimo confiando nas suas
prerrogativas de parlamentar, Delcidio se deu mal e ainda envolveu magistrados
e outros políticos aos citá-los em conversa com o filho de Nestor Cerveró,
ex-diretor da área internacional da Petrobrás já preso por ações ilícitas,
negociando propina e rota da fuga.
Venhamos
e convenhamos, o senador não só agiu precipitadamente ao tentar dificultar a
delação premiada de Cerveró, mas totalmente fora da sanidade mental. Constituiu
provas contra si mesmo e afundou um pouco mais a imagem do seu partido em uma
crise de desconfiança.
Ao
que parece, somente Amaral ainda não se ligou que vivemos em um outro tempo e
que finalmente, políticos e afins que possuem o comportamento avesso à ética
como ele, estão com os dias contados e a data de validade vencendo.
Que
a prisão do parlamentar lhe sirva de lição e de exemplo para todos nós. Que
ele, e aqueles que por enquanto ainda não foram pegos em suas falcatruas,
deixem de ser espertos e tornem-se inteligentes.
No
final das contas, mais cerdo ou mais tarde, os espertinhos sempre se dão mal, pois,
como já diziam nossos tataraantepassados, o crime não compensa.