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Presidente Dilma Rousseff
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
(10/12/2014) Fotos Públicas
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A presidente
Dilma Rousseff e o PT parecem estar cada vez mais distantes. A relação que já
não era muito boa, tornou-se pior depois que a imprensa divulgou na última
sexta-feira (20/02) que o governo poderá adotar medidas drásticas através
de uma nova reforma fiscal.
A possibilidade de
mexer ou mudar a forma de reajuste do salário mínimo foi o estopim e a gota
d’água para que o descontentamento atingisse o limite da exaustão, conforme
informou a jornalista Mônica Bérgamo em sua coluna na Folha de S. Paulo.
Fazer uma DR, ou
seja, discutir a relação, parece passar longe das intenções de ambos os lados.
As mágoas e os ressentimentos recheados de orgulho ferido não deixam.
O foco central
da iminente separação é, do lado de Dilma, os respingos que as denúncias que
envolvem o partido têm provocado na imagem da presidente que vê, a todo tempo,
sua competência e honestidade colocadas em dúvida e misturadas ao balaio de
gatos que se tonou o PT.
Do lado do
Partido dos Trabalhadores a insatisfação se dá por conta do estilo Dilma de
governar e das decisões que ela toma sem consultar o partido.
A presidente,
aos olhos do PT, tornou-se rebelde e traiu a confiança petista ao dar a
entender que pode adotar medidas que colocariam em risco as conquistas sociais
implantadas nos mandatos de Lula.
O fato é que
há algum tempo a relação entre ambas as partes se tornou fria e formal. Desde
que foi reeleita, Dilma vive uma crise de solidão política.
Isolada no
Planalto, mantém-se distante e é mantida à distância também. Os dois lados
vivem uma relação de aparência e de conveniências, embora neguem.
As cobranças e
desabafos descontentes têm justificativas parecidas: O PT acusa a presidente de
não defender o partido e Dilma acusa o partido de não
apoiar publicamente as medidas adotadas por seu governo.
Nessa relação
afetivamente machucada, a preocupação não é se os dois lados vão voltar a
caminhar juntos, mas até que ponto uma possível ruptura pode prejudicar a
governabilidade do país.
Brigas entre
comuns são normais, acontecem sempre. Separações também, assim como
reconciliações. A preocupação é o que de bom e ruim isso pode resultar para o
Brasil.
Aí a relação
não diz respeito apenas ao "casal", mas a todos nós. De qualquer
forma, que a solução, seja qual for, ocorra para o bem do país. Afinal de
contas, os governos passam, mas o Estado fica.
Contudo,
humildade e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Além do mais, “nem sempre
é preciso sacrificar um animal ferido. Ás vezes basta apenas extrair o espinho
da pata dele”.
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