3 de fev. de 2016

SANGUE, HORROR E LÁGRIMAS!


Foto: Reprodução

 A violência decorrente das ações terroristas de grupos fundamentalistas parece não ter fim. 


Abro o jornal e a manchete fala por si: “Crianças são queimadas vivas em ataque a vilarejo e 86 pessoas morrem assassinadas”.

O medo e a indignação estampam as capas dos impressos de todo o mundo em forma de imagens e sons que denunciam a dor e o desespero de inocentes indefesos e inseguros, muitos deles ainda crianças em tudo.

Mal acabaram de desabrochar para a vida e já têm que encarar a indesejada das gentes. 

São obrigados a ter de encerrar a jornada que, por sua curta duração, também se tornou infértil.

Gritos que paralisam e entorpecem, até fazerem a lagrima brotar e iluminar o rosto marcado pelas cicatrizes do senhor tempo, ecoam em minha mente em forma de câmeras fotográficas que se transformam em testemunhas oculares e insistem em escancarar, através de suas lentes de longo alcance, flagelos humanos e despojos exibidos como troféu.

Olhares mecânicos que revelam o que os olhos humanos escolheriam não ver.

A desesperança entra pelos olhos e ouvidos desde o limiar da consciência até a profundeza da alma. Toma-me por completo: corpo mente e espírito. Invade-me sem pedir licença. Desafia-me a ainda Ser Humano. 

A lágrima quente que me escorre dos olhos, lava a pele escura.

Foto: Reprodução
Tanto horror e miséria, em nome de quem e do quê, pergunto.

De Deus, respondem os insensíveis insensatos que, em nome do fundamentalismo, não da fé, encontram prazer em ceifar vidas.

Mas que Deus?

O deus que aprisiona, não o que liberta.

O que exige sacrifícios, não misericórdia.

O deus falso, embalado e vendido em forma de falsas promessas. 

Falsos deuses!

E assim caminha a humanidade: Desumana. Inumana. Enquanto uns aqui, outros acolá, assistem a tudo atônitos e paralisados.

Coloco-me de pé e me digno a expressar minha digna indignação.  

Saio em busca de algo que nos torne outra vez humanos, confiando na volta do Que Era, do Que É, do Que há de vim e Que virá.

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