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Foto: Reprodução |
A violência
decorrente das ações terroristas de grupos fundamentalistas parece não ter
fim.
Abro
o jornal e a manchete fala por si: “Crianças são queimadas vivas em ataque a
vilarejo e 86 pessoas morrem assassinadas”.
O
medo e a indignação estampam as capas dos impressos de todo o mundo em forma de
imagens e sons que denunciam a dor e o desespero de inocentes indefesos e
inseguros, muitos deles ainda crianças em tudo.
Mal
acabaram de desabrochar para a vida e já têm que encarar a indesejada das
gentes.
São
obrigados a ter de encerrar a jornada que, por sua curta duração, também se
tornou infértil.
Gritos
que paralisam e entorpecem, até fazerem a lagrima brotar e iluminar o rosto
marcado pelas cicatrizes do senhor tempo, ecoam em minha mente em forma de
câmeras fotográficas que se transformam em testemunhas oculares e insistem em
escancarar, através de suas lentes de longo alcance, flagelos humanos e
despojos exibidos como troféu.
Olhares
mecânicos que revelam o que os olhos humanos escolheriam não ver.
A
desesperança entra pelos olhos e ouvidos desde o limiar da consciência até a
profundeza da alma. Toma-me por completo: corpo mente e espírito. Invade-me sem
pedir licença. Desafia-me a ainda Ser Humano.
A
lágrima quente que me escorre dos olhos, lava a pele escura.
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Foto: Reprodução |
Tanto
horror e miséria, em nome de quem e do quê, pergunto.
De
Deus, respondem os insensíveis insensatos que, em nome do fundamentalismo, não
da fé, encontram prazer em ceifar vidas.
Mas
que Deus?
O
deus que aprisiona, não o que liberta.
O
que exige sacrifícios, não misericórdia.
O
deus falso, embalado e vendido em forma de falsas promessas.
Falsos
deuses!
E
assim caminha a humanidade: Desumana. Inumana. Enquanto uns aqui, outros acolá,
assistem a tudo atônitos e paralisados.
Coloco-me de pé e me digno a expressar minha digna indignação.
Saio
em busca de algo que nos torne outra vez humanos, confiando na volta do Que
Era, do Que É, do Que há de vim e Que virá.
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